quinta-feira, 22 de março de 2007

Drogas, comércio e a invernia que não acaba

Há vinte e três minutos atrás, vinha eu para, deparei-me com a seguinte imagem: estavam seis ou sete pessoas em fila indiana, com casacos grossos ou sobretudos, cachecóis e gorros, com ambas as mãos nos bolsos ou uma delas de fora a remexer nos trocos, ar impaciente e enregelado, olhares fixos e comprometidos – como quem está num elevador e faz questão de não fixar o olhar em ninguém – à espera da sua vez. A pessoa da frente espreitava por um nicho na parede em forma de quadrado, esperava dez ou vinte segundos e lá trocava dinheiro pelo que tinha ido buscar. Uma cena digna de gheto. Há drogas que se vendem na rua e outras que se vendem em lojas, esta cena passava-se frente à farmácia de serviço. Dá que pensar... ou não!

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