sexta-feira, 3 de novembro de 2006

O ridículo do termo “semi-novo”

Se há coisas que me irritam, uma delas é esta questão dos carros semi-novos. Mas o que é isto do “semi-novo”? Semi-novo é um carro de stand que já teve 128 peidas a roçarem-se nos estofos, muita gente mandar bafos contra os vidros e muita manápula nas maçanetas das portas – maçanetas!? também se aplicam às portas dos carros!? – isso sim é um carro semi-novo. Um carro que já teve dono é e será sempre um usado. Mesmo que seja o carro de serviço daquele stand. Agora, se está impecável, sem riscos, sem danos no motor, poucos quilómetros, ainda tem garantia e o camandro, mostrem-no, divulguem-no, mas não lhe chamem uma coisa que não é. Nesta lógica, o que seria uma bicicleta semi-nova? Já andou no passeio e no alcatrão mas ainda não pisou lama!? E um computador semi-novo? Já fiz alguns trabalhos em Word e Excel, mas ainda não consultei pornografia na net com ele!? E uma fatia de pizza semi-nova? Ah, já lhe tirei as azeitonas mas ainda só lhe dei duas trincas!? E um político? Pois, em tempos o tipo já foi da UDP, mas ainda não fez parte de nenhum governo nem se filiou ainda no PSD!? Não me lixem! Novo é novo, usado é usado, velho é velho, clássico é clássico e semi-novo é uma cagada inventada pelos stands para nos aliciarem a comprar carros com seis ou sete meses que alguém não conseguiu acabar de pagar, tendo eles ficado a arder com essa venda. E é muito bem feito, digo eu!

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