quinta-feira, 8 de junho de 2006

“Português Suave”

A propósito da questão “Professores vs Ministra da Educação”…
Sem estar muito por dentro da questão, o que eu posso dizer é que acho sinceramente que os professores, assim como os médicos, sempre foram muito poupados a mudanças e reformas no sistema, e digo também que os sectores que funcionam de forma mais deficiente e limitada na sociedade portuguesa, são exactamente os da educação e da saúde. Por outro lado, e também é preciso dizê-lo, o cancro da economia portuguesa, e por conseguinte da sociedade portuguesa também, é o sector bancário e imobiliário (bancos, seguros e construção civil), mas ao contrário dos dois primeiros, este funciona até bem demais. O nosso país está mergulhado nesta instabilidade, caminhando a passos largos e decisivos para a miséria generalizada, enfrentado tempos de real adversidade, porque somos um povo de brandos costumes, viciados no típico laissez faire, laissez passer, e esta merda algum dia terá de acabar! Abaixo o chico-espertismo e os patos bravos!! Mas antes deveremos educar as nossas mentes, deixando de ser ingénuos e obtusos, passando a ver o que verdadeiramente se passa à nossa volta, no mundo real, não no mundo das revistas cor-de-rosa e dos programas de televisão (tipo Big Brother ou Êxtase). Temos de deixar de ser comidos por parvos, mostrar a nossa vontade e os nossos desejos, votar em consciência, para que novos e melhores políticos possam fazer o que lhes compete, no entender da prossecução do objectivo comum com que lhes foram confiados os seus mandatos e funções, porque somos nós que os pomos lá para que façam por todos, não por eles ou pelos seus primos e afilhados. Abaixo o nepotismo e o compadrio!! Venham as reformas fiscais, da educação, da saúde e da administração pública, mas primeiramente temos de fazer a revolução das nossas mentes, é em nós que está a resposta! Eu estou com o Roger Waters e os Pink Floyd! Muito cuidado com quem nos educa, os professores e os pais podem ser excelentes ou terríveis influências, muitíssimo cuidado! Mais do que nos educar, precisamos de aprender. Entendam, aqui, “educação” como algo mais formal, pomposo, distante, e por outro lado “aprendizagem” como um progresso individual mas não necessariamente solitário. Não me refiro a uma aprendizagem de rua (street wise), real causa do chico-espertismo, mas sim uma aprendizagem global, merecedora do empenho e da motivação de todos e cada um de nós. Temos de pôr os velhos a ensinar os novos, os professores a aprender com os alunos, o povo a moldar os políticos, e o nosso coração e sentidos a regenerar a razão. Toda a mudança requer coragem e lucidez, e estamos sempre a tempo de galgar e subir a qualquer coisa (uma secretária, por exemplo), e com os pés juntos e bem firmes nessa nova perspectiva, mudar o nosso conceito de realidade, as nossas ideias, a nossa opinião, a nossa vontade. O livre arbítrio é uma particularidade natural e típica do ser humano, só temos de lhe dar uso e torná-lo o motor do nosso espírito crítico. Comecem por comentar estas linhas e depois… o futuro é o horizonte!

terça-feira, 6 de junho de 2006

Amigas, a questão da silicone

…e o que é que pode ser pior do que amigas da nossa namorada terem mamas grandes e usarem roupas decotadas, perguntam vocês? Pois bem, ainda se pode dar o caso de uma das amigas ter posto silicone no peito, e isso sim, é de dar connosco em doidos. O pensamento que nos foge para a ideia de “o que eu não dava para experimentar a ver e tocar naquelas mamas? …qual dos rins é que eu dava? …e as pernas, preciso mesmo das duas?” é, sem dúvida, o sinal do fim do nosso sossego mental, e pode muito bem vir a ser o final da estabilidade da nossa relação. E porque é que foi inventado o silicone para as mamas? Quem é que se lembrou que o vedante das bancadas de cozinha e casa de banho com as paredes de azulejo também podia ser aplicado no peito das senhoras? Visionários como o Hugh Hefner ou o Larry Flint? Não, meus amigos, a resposta não poderia estar mais longe do que vocês imaginam… foi uma mulher! Foram as mulheres que inventaram o machismo, foram as mulheres que inventaram o aconselhamento matrimonial, assim como foram também as mulheres que inventaram as cirurgias plásticas (tirando as de reconstrução em caso de acidente, claro!). Porque é que as mulheres põem silicone no peito? Porque o marido pediu ou porque ela quer que ele olhe mais para ela do que para as amigas? Porque não gosta de se ver com peito pequeno ou porque quer que os homens olhem mais para ela? Qual é a mulher que gosta de passar pelo que elas passam durante a cirurgia e o recobro, ter dores nas costas e enfrentar a possibilidade, com maior probabilidade para quem tem implantes, de vir a ter cancro da mama? Convençam-se do que eu estou a tentar dizer… elas são todas irmãs e tudo isto faz parte de um grande jogo que acaba por não ser muito justo, visto que elas controlam muitas das regras e nós passamos a maior parte do tempo na casa da partida ou na prisão, sem o cartão que nos safa de lá.

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Mamas, a questão das amigas

E por falar em mamas – eheh! – lembrei-me de uma questão sobejamente importante e sobre a qual ninguém comenta. A pior coisa que pode acontecer a um homem, além de um pai de uma namorada ter a mania da perseguição e gostar de nos fazer passar por idiotas e pôr-nos à prova constantemente com jogos mentais ridículos e caricatos – do nosso ponte de vista, claro está – é a nossa namorada ter uma, ou mais, amigas com o peito grande. E isso ainda se torna mais pavoroso e aterrador, se ela, ou elas, gostarem de usar certo tipo de roupa, decotada ou transparente. Sendo este o caso, como é que nós vamos conseguir prestar a tenção às conversas quando estivermos em grupo num café ou num restaurante? É física e matematicamente impossível não ter de dividir a atenção entre a nossa namorada, nunca esquecendo o que fazemos com as mãos e olhar para ela a cada 3 minutos, a boca e os olhos das amigas dela, e não olhar mais do que de relance para os decotes (boa altura para pôr em prática a nossa visão periférica que tanto treinamos e praticamos nos estacionamentos em paralelo), a empregada do bar que nos anda a fazer olhinhos e nós até achamos que é por nossa causa, e é, mas não por nos achar interessantes e sim por achar piada à situação em que nos encontramos – lá está, elas são todas irmãs – e toda uma infinidade de pequenas situações associadas à nossa presença num local público, cheio de gente (mais mulheres, entenda-se). É, no mínimo, extenuante! Mas ainda há pior… (continua no próximo post)

domingo, 4 de junho de 2006

Sexo, a questão das mamas

Agora que me lancei às feras com estas últimas questões sobre mulheres, relações e sexo, lembrei-me e tomei coragem de mostrar ao mundo aquilo que todos os homens pensam quando estão com uma mulher mas não têm coragem de deixar sair cá para fora… a palavra operativa aqui é “pensar”, não estejam cá com outras ideias! Desde há muito que os homens respeitam aquela grande máxima no que diz respeito às mulheres e às relações: “não as deixem espreitar por detrás da cortina, elas são todas irmãs”, mas eu sinto que se existem regras são para ser contornadas ou até quebradas, e como tal vou deixar sair qualquer coisita cá para fora… preparem-se! Uma das coisas que passa pela cabeça de um homem quando está na cama com uma mulher, quer estejam deitados ou não, é a quantidade de tempo que terá de dedicar a cada mama. Sim, leram bem, o tempo de dedicação, não exclusivo, que se dá a cada mama! Entre outros pensamentos, nós temos este tipo de coisas na cabeça quando estamos convosco no acto de fazer o amor: “será que estou a gastar a mesma porção de tempo em cada mama? não terei eu sugado demasiado aquele mamilo? estarei a usar demasiada saliva? se morder este, também terei de morder o outro? e já a seguir ou posso dedicar mais um minutinho a este? Parece incrível e longe de parecer verdade, não? Pois, mas é mesmo assim!

sexta-feira, 2 de junho de 2006

Sexo seguro

Não sei se já repararam, mas hoje em dia é muito difícil fazer-se sexo, e não me refiro apenas a conseguir encontrar outra pessoa com a disposição física e mental para a prática, mas sim ao facto de serem necessárias toda uma complexidade de ajudas para que se faça o sexo em condições mínimas de segurança. Ele é doenças, maleitas e axaques manhosos que se podem apanhar, por cima, por baixo, pelos lados e até fazer o pino. Não há grande escapatória para quem for inconsciente! Quase que é preciso usar, além do preservativo, uma máscara de gás para que a coisa seja mesmo segura. Agora imaginem o que é estarmos na cama com uma mulher e a nossa voz soar sempre à voz do Darth Vader!? Mesmo que usemos preservativos com sabores e que iluminem o quarto no escuro, será difícil ela concentrar-se noutra coisa que não naquela voz demoníaca. Elas até gostam que se passe tempo à volta do pescoço, nuca e orelhas, usando sempre uma vocalização sussurrada e bem masculina, mas isto parece-me ridículo. Pensado bem, qualquer dia até teremos de ver a pornografia online com luvas de médico para não apanharmos uma virose através do rato ou do teclado. Depois, ainda há a questão do sexo virtual, mas isso são outros quinhentos e conversa para um post diferente. Seguro ou com um kit de mãos livres, façam-no com jeitinho!

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Abertura de latas e pacotes

O que é que se passa com as pessoas e o que é que aconteceu ao mundo!? Confesso que não dei pelas coisas chegarem a este ponto. Hoje em dia a informação circula em banda larga e a toda a velocidade, a ciência progride exponencialmente e a passos cada vez mais largos, os avanços tecnológicos dão-se em catadupa quase diariamente, e tudo isto com a ligeireza e a facilidade de um tempo em que tudo parece estar ao nosso alcance, apenas à ligeira distância de um click ou de um usar de um cartão de crédito. Estamos todos a 15 minutos ou a 15 cêntimos uns dos outros. Somos diariamente inundados com descobertas e invenções para tudo e mais alguma coisa, desde o ralador subsónico para beringelas e abacaxis até ao supositório de nicotina para quem quer deixar de fumar, até parece que vivemos no admirável mundo novo, mas sinceramente, e ao descobrir que os pacotes das Belgas já não custam a abrir, que da família da caixa da Cerelac já só resta a mãe – típica família monoparental, o pai deve ter ido comprar tabaco! – vendo que o pão vem sem côdea, os sumos sem gás, o chá sem teína, o café sem cafeína, a manteiga sem sal, e tudo o que aparece na publicidade televisiva contém aloé-vera, desde os detergentes e produtos de higiene pessoal até aos iogurtes e pastilhas elásticas, chego à triste conclusão de que vivemos numa época estranha e bizarra. Tenho saudades do tempo em que não havia abertura fácil nas latas de atum, e tínhamos de usar aquelas chavinhas para enrolar a chapa de cima da lata. Hoje em dia dão uma chavinha idêntica a essa para construirmos uma cómoda ou um camiseiro do Ikea. Estou a ficar um bocado farto do efémero e do volátil, que voltem os tempos das coisas marcantes e indeléveis. Nessa altura aprendíamos com o que corria mal – “o que não nos mata torna-nos mais fortes” – e o que corria bem marcava-nos para sempre. Hoje não há tempo a perder! Eu sei que já sou do século passado e que nasci em mil nove e setenta e sete, mas há sempre forma de lutar contra o status quo. Eu aprendi que sim, que “as ideias e as palavras podem mudar o mundo”, e é com esta ideia em mente que continuo a escrever todos os dias para este blog, e talvez seja por isso que vocês cá vão passando. Lá de vez em quando aparecem uns comentários, mas as visitas e as leituras mantêm-se constantes. Obrigado e um abraço apertado... não precisa de ser indelével pela força, mas sim pelo sentimento! ;)

terça-feira, 30 de maio de 2006

Mulheres… uma é boa, uma é demais!

A guerra dos sexos é coisa que dura desde que há memória e sempre estará presente, mesmo nesta nova fase em que há casais de ambos os sexos e possivelmente, num futuro próximo, famílias sem progenitores, mas sim tutores, de ambos os sexos (eu queria dizer do mesmo sexo, mas dos dois… arhhh, ok!). As conversas e discussões que se geram no seio de uma relação a dois prendem-se sempre com a incapacidade de um dos elementos em não conseguir compreender em parte, ou na totalidade, a maneira do outro ver as coisas ou a sua forma de estar em determinadas situações, e isto acontecerá, muito provavelmente, mesmo que seja uma relação de dois homens ou duas mulheres, mas o que interessa para este post é o casal típico, clássico, e talvez natural, de homem e mulher. Quem é que nunca ouviu a célebre frase que as mulheres usam de tempos a tempos quando estão chateadas ou sentidas com alguma coisa que nós tenhamos feito ou deixado acontecer? “Se tu não sabes porque estou chateada, também não sou eu quem te vai explicar!” E que raio é que elas pensam conseguir com isto? É que há alturas em que, de facto, os homens não conseguem entender o que se passa (são até mais estas do que as outras!). Não me refiro ao tipo de situações em que não tratámos da roupa ou fizemos o jantar quando tínhamos prometido, ou também quando deixamos de “investir” na relação como até aí fizemos – passando a encarar a relação como uma coisa estabelecida que apenas precisa de ser reforçada e não investida – mas as mulheres precisam e querem um investimento da nossa parte a 100%, a tempo inteiro e de forma incondicional. Parece-me que neste tipo de situações em que as mulheres se mostram chateadas e nós não captamos o porquê de tal condição, deveremos, na maioria dos casos, atribuir a causa ao S.P.M. Para quem não apanhou o que significa a sigla – vê-se mesmo que não está habituado, da-a! – quer dizer Síndroma Pré ou Pós Menstrual. Sim, porque há o durante, que todos os homens conhecem, até pela mulher que sempre tiveram em casa – a mãe – e há o pré e o pós, que nem todas as mulheres têm da mesma forma, mas em muitas é do piorio. Fazendo bem as contas, imagino que quem esteja a ler já tenha percebido onde quero chegar, as mulheres passam a maior parte do tempo sob a influência das hormonas, o que à partida pode não parecer, mas acaba por ser justo, visto os homens também passarem a maior parte das suas vidas, senão mesmo sempre, sob o mesmo tipo de efeito, só que nas mulheres dá-lhes para serem chatas e abdicarem ou evitarem o envolvimento sexual, enquanto que aos homens lhes dá para serem chatos e mostrarem a sua vontade (necessidade, entenda-se) e disponibilidade para o tal envolvimento sexual (sexo, amor, intimidade, prazer físico e psicológico, entendimento, etc… e depois são as mulheres que acham que nós somos animais!? São elas que entendem o sexo como uma coisa meramente carnal e física, desprendida de sentimentos e emoções, e acham que nós não somo capazes de mais esse extra, mas está sempre implícito. Quer se queira, quer não, o nosso corpo assume sempre um compromisso por nós, mesmo que a cabeça e o coração não se metam “ao barulho”). Qual é então a diferença entre os homens e as mulheres e o que os motiva para este eterno conflito, a tal guerra dos sexos? É apenas uma questão de poder e controle, como em qualquer outro tipo de relação. Se algum destes dias, um homem for sensato e, evitando cair em tentação, mostrar um real interesse na sua companheira, esposa ou namorada, tentando saber, sem lhe perguntar directamente, o porquê dela estar chateada, desproporcionará o equilíbrio de pesos e trará de volta aos homens um poder que tem estado definitivamente confinado ao género feminino da humanidade… ou isso ou conseguirmos aguentar a vontade (a tal necessidade!), sem dar parte fraca e mostrando sempre que está tudo bem, e deixar que sejam elas a procurar-nos. Se conseguirmos obter essa capacidade de contenção e abstinência, o mundo cair-nos-á aos pés… bem como as mulheres e a sua vontade! De facto é mesmo tudo uma questão de controlo, mas principalmente sobre nós próprios.

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Dias mundiais

Há dias mundiais para tudo e mais alguma coisa: contra a sida, anti-tabagismo, da obesidade, da árvore, da água, etc. Porque é que ainda não inventaram um dia mundial contra o mau-feitío? É uma das coisas que mais afecta a produtividade neste país, principalmente a quem trabalha na função pública. Não há dia que não vá às Finanças ou aos Correios e que não saia de lá convencido que é só gente estranha a trabalhar nesses locais, pelo menos no atendimento. Nem adianta aparecer-se por lá com boa vontade, espírito de sacrifício e um sorriso estampado na cara, aquela gente arrebenta com tudo… e não se ficam a rir com isso! Por mim, aproveitando a motivação extra que este mundial de futebol vai trazer aos portugueses, era criarmos um dia, nacional que fosse, contra o mau-feitío. Podia não acabar com a crise económica que este país atravessa, mas acabava de certeza com a crise de humor e instabilidade psicológica que só serve para nos tornar negativos e contraproducentes. Não me queixo de não haver certos dias mundiais, desde que continue a não haver o Dia Mundial da Lady Godiva e do José Cid… calhando até teríamos de andar todos nus a cantar “na cabana…!”

sábado, 27 de maio de 2006

As bebidas e o trabalho

Há um fenómeno interessante (ou não!) que me provoca alguma agitação e inquietude mental. Porque raio é que, quando temos gente a trabalhar em nossa casa, como um pedreiro a aumentar a bancada de mármore da cozinha, um canalizador a desentupir a fossa, ou o senhor das caixilharias a substituir-nos as portadas de madeira por alumínio, sentimos uma necessidade extrema de lhes oferecer alguma coisa para beber? Eles até podem estar com sede, mas porque não um petisco ou umas bolachas que sejam? Até mesmo para acompanhar a bebida? E depois, quando eles acedem e pedem uma jola, nós só temos cerveja comprada no Lidl e temos aquela sensação de que seremos gozados na tasca no final da jornada de trabalho. Se era para ficarmos “bem vistos na fotografia”, porque sabemos o que custa trabalhar por conta de outrem, sendo a maioria dos chefes uma cambada de mentecaptos imbecis, e em qualquer momento do nosso dia de trabalho só nos apetecer beber para esquecer, neste caso bem oportuno não queremos dar barraca. Aproveitamos esta pequena e desataviada oportunidade de fazer um brilharete, mas acabamos por falhar e da pior forma… cerveja do Lidl?!? …neste momento o pensamento que nos corre na mente é “pésito na argola à força toda, meu funesto e incompetente papalvo… compra mas é bebida decente e apresentável, porque nem tu pegas naquela bosta e as visitas merecem mais!”

sexta-feira, 26 de maio de 2006

Exame do demo

Resposta num exame de Física na Universidade de Aveiro:
O Dr. X (vamos manter o anonimato na medida do possível), do Dep. de Física da Universidade de Aveiro é conhecido por fazer perguntas do tipo: Porque é que os aviões voam?". A sua única questão na prova final de Maio de 1997 para a turma da cadeira de "Transmissão de Momento, Massa e Calor II" foi: "O Inferno é Exotérmico ou Endotérmico?" Justifique a sua resposta." (ou seja, pretendia saber se o Inferno é um sistema que liberta calor ou se recebe calor). Vários alunos justificaram as suas opiniões baseadas na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma, mas houve um aluno, Y, que respondeu o seguinte:
«Primeiramente, postulamos que, se as almas existem, então devem ter alguma massa. Se tiverem, então uma mol de almas também tem massa. Então, em que percentagem é que as almas estão a entrar e a sair do inferno? Eu acho que podemos assumir seguramente que uma vez que uma alma entra no inferno nunca mais sai. Por isso, não há almas a sair. Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhadela às diferentes religiões que existem no mundo hoje em dia. Algumas dessas religiões pregam que, se não pertenceres a ela, então vais para o inferno. Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projectar que todas as pessoas e almas vão para o inferno. Com as taxas de natalidade e mortalidade da maneira que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno. Agora vamos olhar para a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem constantes, a relação entre a massa das almas e o volume do Inferno também deve ser constante. Existem então duas opções:
1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir.
2) Se o inferno se estiver a expandir numa taxa maior do que a de entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele.
Então, qual das duas opções é a correcta? Se nós aceitarmos o que me disse a Teresa, minha colega do primeiro ano: "Haverá uma noite fria no inferno antes de eu ir para a cama contigo" e levando em conta que ainda NÃO obtive sucesso na tentativa de fazer amor com ela, então a opção 2 não é verdadeira. OU SEJA, O INFERNO é EXOTÉRMICO.»

Fantástico! O aluno em questão tirou o único 20 na turma. O gajo até merecia que a Teresa lhe desse uma abébiazita, não!?

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Redneck motherfuckers

Cada vez que oiço e vejo os hillbillies americanos afirmarem que o “direito” de porte de arma de fogo é tão importante como a liberdade de expressão (their first amendment), só me apetece enchê-los de chumbo! Cambada de mentecaptos enconados e imbecis. É o que dá a consanguinidade!
Se ainda não viram o “Bowling For Colombine”, VEJAM!!!

terça-feira, 23 de maio de 2006

Ainda os elásticos

Estive a pensar (ainda mais) na questão do elástico das meias e lembrei-me de outra situação em que ficamos terrivelmente aborrecidos, senão imaginem: andamos uma série de tempo a preparar a indumentária para a festa da passagem de ano – bem como a comida, quem é que traz o carro, etc. – e na situação concreta de colocarmos aqueles chapéus cónicos de festas, aparentemente ridículos, mas que só o são de facto se observados e usados descontextualizadamente, se parte o cabrão do elástico… ou pior!!, o elástico nem se parte, mas a merda dos agrafes que os seguram ao cartão não aguentam a pressão e aquilo estraga-se mesmo por ali. Imaginem vocês que se estraga uma festa e todo o seu ambiente festivo, perdoem-me a redundância, porque os elásticos dos chapéus ou os agrafes estão todos a ceder, os convidados a ficar stressados e a chegar ao limite da sua ansiedade porque não conseguem arranjar os agrafes e o cartão já está todo ratado, ou não conseguem usar o chapéu com o elástico mais pequeno em 5cm porque quase os asfixia e lhes dá maiores tonturas que o champanhe bera que estão a consumir aos copázios, e tanto em carecas como em possuidores de cabeleiras fartas, o chapéu do demo não se segura de feitio nenhum… é de perder a cabeça, não!? De quantos aniversários já saíram crianças traumatizadas, com danos e repercussões apenas mensuráveis no decorrer das suas vidas adultas, por causa desta questão? Meus amigos, isto tem de acabar e já! Vamos acabar com os elásticos deficientes, inoperantes e falaciosos. Já é tempo de alguém agir, porra!! Vá a ver!

domingo, 21 de maio de 2006

O elástico das meias

Vou entrar de chofre neste assunto… um gajo compra umas meias e passados 2 meses já estão com a merda do elástico todo solto!? Tanta tecnologia, uma imensidão de conhecimentos, carradas de informação a circular e não há quem invente uma porcaria de um elástico potente o suficiente para resistir às lavagens da roupa? Inventam sabores e cheiros para as pastilhas elásticas, fazem bolas para todo e qualquer desporto em vários formatos e materiais, sem costuras, pipos e o camandro, roupa totalmente sintética que muda de cor consoante o nosso estado de espírito, pastilhas de detergente para as máquinas de lavar em que as bolsinhas de plástico se dissolvem com a água, entre muitas outras aplicações em borracha, plástico ou silicone, e não conseguem resolver a questão intemporal e primordial do elástico das meias?? Façam competição com os tipos dos detergentes e ganhem-lhes, pá! Não conseguem encontrar a cura para o cancro, a sida e outras doenças manhosas, então ponham-se a trabalhar noutras coisas também elas importantes. O elástico das meias pode ser tão aborrecido como outra coisa qualquer, é tudo uma questão de perspectiva. Se as meias descaem e se metem por debaixo dos pés, além de desconfortável e maçador como uma pedra no sapato, por exemplo, pode eventualmente comprometer a nossa postura e trazer complicações de coluna com o passar do tempo. Acho que ainda vou lançar uma campanha a favor do elástico das meias com uma petição online. Vamos acabar com as meias descaídas e sem jeito! Vamos voltar a caminhar com sorrisos nos lábios e sem preocupações quanto ao elástico das meias. Tudo isto pode ser uma certeza a médio prazo e uma realidade de futuro. Vamos apostar nisso!

sábado, 20 de maio de 2006

Mala e porta-bagagens

Em resposta ao post do David no seu blog (clicar no título), achei interessante escrever este post aqui (também respondi em comentário). Ele achou engraçado o facto de termos deixado de falar em “porta-bagagens” para nos referirmos a ele como “mala”, mas nunca termos achado outro termo para “porta-luvas”. Estive a pensar sobre este tema, e sem ter feito pesquisa alguma, cheguei à teoria que vos proponho agora: "mala" e "porta-bagagens", ainda que o censo comum as use da mesma forma, apresentam diferenças técnicas. Mala é usado para carros de 3 volumes com 2 ou 4 portas, visto que a mala não é uma porta (os que têm rabo), enquanto que porta-bagagens é usado para carros de 1 ou 2 volumes com 3 ou 5 portas. Em suma, porta-bagagens é a abreviatura de "porta das bagagens", e não “porta” de transportar... o senso comum é que usa porta com este último sentido, mas está errado (digo eu cheio de fé!). Qualquer carro transporta bagagens, mas só alguns carros é que têm uma porta especificamente concebida para dar acesso a esse local determinado onde as podemos guardar e levar connosco. Isto seria óptimo, genial e verdadeiro, se “porta-luvas” também fosse a abreviatura de “porta das luvas”… o que eu duvido! eheh, mas é sempre giro pensar, reflectir e teorizar sobre este tipo de assuntos (ou não!).

sexta-feira, 19 de maio de 2006

O amor e a relva

Em primeiro ligar devo dizer que esta frase não é da minha autoria, mas de tão boa que é, decidi fazer um post apenas para a mostrar:
“O Amor é como a relva. Tu semeias, ele cresce... depois vem uma vaca e acaba com tudo!”

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Estátua, políticos e orelhadas

No seguimento dos posts sobre jogos da nossa infância e adolescência, gostava de dissertar um pouco sobre um jogo mítico do qual ainda não falei, a Estátua.

Vou passar a descrevê-lo rapidamente para poder dar fundamento ao que quero demonstrar. O jogo da Estátua consistia em fazer duas filas de pessoas, lado a lado e de frente uns para os outros, deixando um desgraçado passar à vez, porque teoricamente calhava a todos, e enquanto o tipo passava levava tachos, tapas, orelhadas e chapadões, assim tipo porrada de criar bicho, tentando adivinhar quem lhe tinha dado uma determinada pancada, ou conseguindo, eventualmente, apanhar alguém a fazê-lo e marcá-lo com o olhar – mesmo quando isto acontecia, acabava por ser a pior pancada que levava… na testa ou parecido – nesta altura, o totó que se tinha deixado apanhar ou se mostrava brutalmente descuidado, teria de passar por entre os outros, e assim sucessivamente. É um jogo idiota e com moderada, a tender para a fraca, capacidade de integração, mas por outro lado mostra muito sobre o que cada um dos intervenientes pode vir a ser no futuro. Quanto a mim melhor até que um teste vocacional, senão reparem: um tipo que seja bom a jogar à estátua, adivinhando ou apanhando a jeito quem lhe dá cada uma das mocadas por trás, ou a maioria delas, tem boas hipóteses de vir a tornar-se um político de sucesso, com um bestial instinto para conseguir apanhar as tais “punhaladas” nas costas. Por outro lado, qualquer um dos putos que mostram obter algum gozo com a violência e aproveitam a possibilidade para descarregar em cima de um outro puto com pouca sorte, pode vir a tornar-se numa pessoa dita “normal”… e o que são pessoas normais!? São todos os outros que não se tornam animais políticos ou políticos animais, mas que continuam com boas possibilidades de se tornarem uns selvagens.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Amor e sexo

Hoje apraz-me mostrar-vos uma música fantástica. É melódica, tem uma letra muito bem concebida e com um conteúdo fantástico
“Amor e Sexo” de Rita Lee

Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

terça-feira, 16 de maio de 2006

Loiça suja e o desemprego

Eu tenho uma ganda pancadona… ok, de entre as inúmeras, ressalvo esta que é original e tem bom fundo. Quando como, faço sempre por deixar o prato o mais limpo possível. O meu objectivo último seria deixar a loiça pronta para voltar para o armário. Poupava-se dinheiro em detergentes e electricidade – é um princípio, não sou nada forreta – e o “embiente” agradecia. Por outro lado, a ideia de se deixar comida no prato, não os ossos ou os nervos – as gorduras são para se comer, OK!? – irrita-me o intelecto e mói-me o juízo, pois acho injusto que se deite comida fora quando há quem passe fome. É claro que, em tempo útil, não se conseguem levar aqueles restos, que também não é a melhor forma de se ser solidário com alguém, à base de restos, para um país onde se passe fome. Mas mesmo que se quisesse, por uma questão de princípio, claro está, já lá chegariam tarde… molhos coalhados, natas e maionese demasiado espessas e sem graça, puré liquefeito, etc. Mas se pensarem que há sempre um animal subnutrido no bairro ou um tuga desempregado à montes de tempo, porque trabalhou uma porrada de anos numa unidade fabril de têxteis do Val do Ave, juntamente com a mulher, os irmãos, cunhados e primos, e de repente um pato bravo qualquer se lembrou de fugir para o Brasil, porque desde que a empresa abriu que fugia aos impostos e à Segurança Social, ou porque se lembrou de ir lucrar à conta de outros papalvos de olhos em bico lá para trás do sol posto, já não parece tão ridículo guardarem isso num tupperware ou pensarem melhor antes de serem garganeiros e desatar a empurrar comida da travessa para o prato, pois não? A comida é para ser feita com motivação e carinho, e para ser degustada com gosto e de forma relaxada. Comer com os olhos só serve quando vocês pedem lombo assado recheado com ameixa, porque estavam com a queda para o exótico, e passam a refeição inteira a olhar para o bacalhau à brás da mesa do lado… é bem feito!, porque agora comem o lombo até ao fim, – nada de deixar uma rodela de carne no prato – encharcam-se de Rennie’s e Eno’s como se não houvesse amanhã, e ainda acabam a cagar fininho a noite toda… volto a dizer, é justo e bem feito!!

segunda-feira, 15 de maio de 2006

IRS, tsunamis e a comichão nasal

Não conseguir espirrar deve ser das coisas mais ridículas e irritantes que existem, logo a seguir a (não conseguir) preencher a declaração de rendimentos para o IRS. São os piquinhos no nariz, a ansiedade de não se perceber, naqueles milésimos de segundo, se vamos ou não sujar o monitor de LCD, e pior ainda quando temos arroz na boca, puré, líquidos, ou engolimos um ovo cozido inteiro e não sabemos se conseguimos aguentar aquilo tudo cá dentro!? É brutal, a sensação de desequilíbrio psicossomático que se atinge naquele curioso e estranho momento. E o pior é não se conseguir prever estas situações. É quase tão exequível como prognosticar um tsunami do outro lado do mundo, mas em escalas totalmente diferentes. Um tsunami não nos deixa neste ponto de instabilidade e exasperação. Que me lembre, só há uma outra situação semelhante que nos deixe no mesmo ponto de ansiedade e agitação… quando bebemos bebidas com gás e nos sobe ao nariz. Ficamos aflitos sem saber o que fazer. E depois disto nos acontecer uma vez, porque é que voltamos a beber esse tipo de refrescos? Se pudéssemos escolher, não deixaríamos de espirrar só pelo desconforto que cria em nós quando não o conseguimos fazer em toda a sua plenitude e perfeição? I rest my case…

domingo, 14 de maio de 2006

Gestão de esforço, relaxamento e o impar

Ao longo da minha vida, e entre muitas vivências e experiência adquiridas, uma das coisas de que me apercebi saberem realmente bem, é impar quando se está doente. Não só quando se está doente, mas também naquelas alturas em que se acumula tanto cansaço que nem se consegue dormir de jeito. Não me refiro a darmos parte fraca e mostrarmos, nem que seja a nós próprios, que estamos no fundo e que já vamos mostrando desespero e frustração, nada disso. É antes uma forma de atingirmos o equilíbrio certo, de forma a se reunir força e capacidade para enfrentar o que nos mantém inertes e apáticos naquele preciso momento. É quase como fazem os lutadores de artes marciais com aqueles berros na altura de atacar ou defender, é tudo uma questão de equilíbrio e gestão de esforço. Quando estamos doentes ou cansados, seguindo este ritual, ganhamos um poder de concentração tal que nos orienta para a luz… não é essa luz que estão a pensar, é a luz da serenidade, da paz e da saúde. É tudo uma questão de concentração e relaxamento ao mesmo tempo. Quem nunca experimentou não sabe o que perde, impar é do melhor que há. Há quem utilize isso para deixar dormir os bebés quando estes estão irrequietos, e há quem, mesmo sem se aperceber, acabe por impar, assim numa espécie de sussurro, ao ouvido da(o) seu(ua) amada(o) na altura de fazer o amor. Impar é do melhor que há!

sábado, 13 de maio de 2006

O Meu Amor Existe

Correndo o risco consciente de fazer com este blog o que eu penso que muitos jornais fazem diariamente com as suas publicações, usá-lo como “correspondência” dirigida a alguém específico, tenho mesmo de o fazer. Já tenho exercido este meu direito noutras situações, dirigindo posts a quem o visita, lê e comenta, mas neste caso específico é apenas endereçado a uma pessoa, muito especial.
Calculo que não te surpreenda na forma nem no conteúdo, mas de certeza que não conhecias a versão original da música. Está na MusicBox... just push play! Parabéns!! ;)



O meu amor tem lábios de silêncio
E mão de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe

sexta-feira, 12 de maio de 2006

Back to the future

O Santana finalmente ganhou os Grammys aqui há dois ou três anos, o Soares e o Cavaco voltaram à política activa, e agora o Art Sullivan voltou a gravar um disco depois de sabe-se lá quantos 30 anos parado? …o que é que virá a seguir?? O Hérman José a fazer bons clips de humor? Isto anda tudo do avesso…!

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Revistas do demo

Ontem, na fila para pagar, de um supermercado (os tipos do marketing sabem), reparei na capa de uma revista para mulheres que dizia, entre outras coisas, “10 dicas para ficar com um corpo como o dela”, com a imagem da Elle McPherson, a quem chamaram “the body”, mesmo ao lado. Até agora nada de estranho, certo?, estas revistas sobrevivem à custa deste tipo de artigos, mas o que acho bizarro, realmente, é o facto do artigo não dizer “10 dicas para uma rapariga jeitosa ficar com um corpo perfeito como o dela” ou “como você pode maximizar as suas qualidades físicas como ela o faz”… aonde é que eu quero chegar!?? …não sei o que é pior, se o sarcasmo dos responsáveis pela revista ou a hipocrisia de quem a compra para ler o tal artigo e seguir à risca os tais conselhos e sugestões. Das coisas piores que podemos fazer é enganar-nos a nós próprios, e estas revistas são um escândalo na forma como se aproveitam das fraquezas de certas pessoas. A Playboy também o faz, e com o mesmo intuito, mas de uma forma completamente diferente, e quem anda com aquelas mamalhudas “perfeitinhas” não compra a revista, só quem as quer folhear.

quarta-feira, 10 de maio de 2006

O jogo do costume… a cartada!

Hoje vou falar sobre jogos de cartas, como a Lerpa, a Sueca ou o Sobe-e-Desce... a dinheiro, claro! Eram formas que arranjávamos para nos orientarmos com a mesada, arranjar uns trocos para o tabaco, para a ginjinha no tasco da esquina, ou para comprar aquele Swatch castiço para o dia dos namorados. Depois havia jogos para outras ocasiões, como o King, o Cospes ou a Espadinha e quando havia mais do que quatro jogadores jogávamos à Sueca Italiana. Mais tarde vieram os jogos mais a sério como o Poker ou o BlackJack, mas o mais engraçado são os jogos que nunca deixámos de jogar desde putos, como o Uno e aquele que está TOP dos mais jogados de sempre: o Olho do Cú! Com os meus amigos jogávamos com uma antena de carro, mas isso fica para outro post. Consolas e videogames? Os putos de hoje não sabem o que perdem, infelizmente!

terça-feira, 9 de maio de 2006

Presentes e embrulhos

Que tipo de pessoa são vocês? Quando vos dão um presente desembrulham com algum cuidado ou rasgam o embrulho desenfreadamente como se não houvesse amanhã? Há quem tire o laço e tenha todo o cuidado com a fita-cola e com as dobras do papel, para poder abrir sem rasgar – talvez porque tenha uma avó que recicle os papéis de embrulho para os próximos natais – e depois há os outros, as pessoas ditas normais, que não se preocupam com o cuidado e o carinho com que foi feito o tal embrulho, por uma rapariga que passa o dia inteiro atrás de um balcão a aturar gente chata, mas porque tu foste originalmente simpático, longe de querer entrar em esquemas de engate foleiro, ela fez um jeito especial e dedicou-se exemplarmente à tarefa em mãos e tu pudeste sair da loja com um presente interessante, desde o enfeite até ao conteúdo. E depois chegas à festa de aniversário, com todo o entusiasmo que te caracteriza num momento destes, entregas a prenda ao desgraçado que cumpre mais uma primavera nesse dia, e juntou toda a cambada que o segue desde que ele tinha uma mesa de ping-pong na garagem e dez bisnagas para poder assediar vários “amigos” a irem lá a casa aos fins de semana e finais de tarde, ansiando não ficar sozinho, e o idiota nem reparava que ninguém lhe passava cartão porque ele ingeria os macacos que retirava das narinas enquanto deglutia desenfreadamente bolas de berlim com a cara coberta de creme e açúcar em pó e se peidava compulsivamente, e o tipo agarra-se ao presente com uma tal fúria que nem deixa o laço intacto… agora o que resta do fantástico embrulho fica ali extraviado numa pilha inútil, como que uma porção insignificante de restos que nunca servirão para mais do que simples processo de reciclagem, voltando tempos mais tarde em forma de papel higiénico para irritar a pele suave do seu antipático e repelente traseiro. Talvez assim ele tenha o que mereça! Há amigos assim, há pessoas assim, há histórias assim… que tipo de pessoa és tu? Que tratamento e destino dás aos embrulhos dos presentes que te são ofertados?

domingo, 7 de maio de 2006

Clube estúpido...

“Queres pertencer ao clube estúpido? Envia um sms com a palavra ESTUPIDO para o 1111, envia ESTUPIDO para o 1111 e começa já hoje a fazer figura de urso como nós. Atreve-te!”

sábado, 6 de maio de 2006

Why?

...why not!?
Concerto dos WHY no Imaginário, hoje sábado dia 6 de Maio, pelas 23h.
Entrada livre e jolas baratas, como se quer!
Se não souberem como ir lá ter,
aqui fica o link para o croqui.
Apareçam...


WHY:
http://why.site.vu
Imaginário:
www.doimaginario.org - www.doimaginario.blogspot.com

quarta-feira, 3 de maio de 2006

Recordações de infância, parte VIII

Hoje apraz-me recordar os jogos que tínhamos quando éramos putos. Lembro-me do Traga-Bolas, do Pulgas na Cama, do Sabichão… depois veio o Monopólio, o Petróleo, o Mikado… e mais tarde veio o Scrable, o Trivial Pursuit, o Pictionaire, o Mastermind, entre outros. A par dos jogos de mesa, e que também serviram para nos moldar a personalidade e o carácter, havia os jogos de Spectrum, como o Gulg-Glug, o Chukie Egg, o Bomber Jack ou o Full Throttle... depois vieram os jogos de PC (IBM PS1 e PS2, 286, 386, 486…) com o SuperMário, o Golden Axe, o Out Run, etc… e muito mais tarde, os jogos da Sega MegaDrive, como o MicroMachines, o Sonic ou o Another World. Naquela altura tinhamos jogos dentro de casa, jogos fora de casa... e os jogos típicos de verão, como o Batepé, por exemplo! O que os torna muito diferentes dos que os putos têm hoje em dia é o facto de serem todos jogos de e em grupo. Mesmo quando estávamos em frente ao pc ou à consola, éramos 5 e 6 a comer sombrinhas da Regina e a beber copos de Sunquick. Belos tempos, eheh Para os putos de hoje, jogos em grupo são as Lan-party’s, jogos na net e os telemóveis ligados por bluetooth. Parece-me estranho, não!?

terça-feira, 2 de maio de 2006

Recordações de infância, parte VII

Por falar em tempo passado e estar a ficar velho, coisa que embora pareça, não me incomoda quase nada, relembro aqui as modas que nós putos tínhamos na escola primária, lembram-se? Uma semana era o cubo mágico, depois era o peão, os berlindes, os coco-crash, ou as corridas de carrinho. Brincávamos com as gaiatas ao elástico, saltávamos à corda, jogávamos ao esconder, apanha, rolha, macaquinho do chinês, etc… belos tempos, até parecia que não acabariam nunca. Seja como for, ainda hoje gosto de fazer construções com Legos, tenho todos os meus berlindes, mais os que fui ganhando durante os anos, cubo mágico, peão, os coco-crash e um cesto cheio de carrinhos de vários tamanhos e tipos de rodas (com e sem suspensão), tudo guardado na minha arrecadação. Às vezes gosto de ir lá espreitar. É como ouvir Cat Stevens ou James Taylor… de vez em quando sabe bem!

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Como sabemos que já passou muito tempo?

Temos uma ténue noção de que estamos a envelhecer quando a versão de “Uptown Girl” que passa na RCP, antiga Rádio Nostalgia, não é a do Billy Joel mas sim a dos Westlife. Aí está ela na MusicBox…

quinta-feira, 27 de abril de 2006

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Chico-espertismo

Formámos este país à beira mar plantado, fizemos as cruzadas, construímos naus, vimos o mundo e demo-lo a conhecer, espalhámos a nossa língua e cultura pelos quatro cantos do mundo, criámos um novo conceito de ninfas… as mulatas, entre tantos outros feitos notáveis e dignos de ficar nos anais da história universal (e por falar em anais, as Amoreiras), mas nada se compara à maior conquista de todos os tempos, a nossa obra-prima, a piece de resistance, a mui nobre e deslumbrante façanha… a invenção da chico-espertísse – trata-se mesmo de uma invenção e não de uma descoberta, porque aqui encaixa perfeitamente a frase “se não existisse teria de ser inventada”, e só poderia ser por nós! De facto nunca houve nada mais expressivo e significativo do que a nossa tão original e genuína forma de proceder perante a dificuldade, comummente apelidada de desenrascanso. É uma arte ancestral, praticamente milenar, apenas dominada por quem possua as características certas: com ou sem possibilidades para tal, com ou sem capacidade para mais, com ou sem dinheiro para isso, com ou sem buço/vasculho, homem, mulher ou criança, todo o tuga sabe orientar-se perante a adversidade e contra qualquer intempérie. Faz parte da sua essência, da sua natureza. Com ou sem carácter, repleto ou não de boas intenções, o bom do tuga usa a arte do chico-espertismo como um samurai manuseia o seu valioso sabre, mas com a excelsa vantagem de nunca sentir necessidade de realizar hara-kiri ou sepuku, nem adiantaria, haveria tantos para o substituir de seguida!? O expoente máximo do chico-espertismo encontra-se, por exemplo, na pessoa do Alberto João Jardim (poderia ter dito Major Valentim Loureiro, mas não me apeteceu), modelo do político tuga, mas poderíamos observar outros dignos exemplos como o típico taxista tuga, o característico trolha tuga, o alegórico empresário tuga, entre tantos outros! Genuínos visionários, verdadeiros Messias à sua especial maneira, têm um estilo muito próprio de se encaminhar por entre as gentes normais, até porque qualquer tuga pode ser um chico-esperto, trata-se apenas de uma questão de oportunidade, tal como nos diz a grande máxima: “a ocasião faz o chico-esperto”.

terça-feira, 25 de abril de 2006

25 de Abril Sempre!

Pode ter havido um Golpe de Estado em Portugal em ’74 que nos trouxe a liberdade de expressão, a democracia e alguns valores anteriormente toldados pelo cinzentismo de um regime autoritário, mas não me parece que isto tenha realmente mudado para melhor… mudou apenas para, digamos, “melhorzinho”, ou como dizem os rs de hoje, para um ténue e pouco colorido “tá-se bem”. Tirando uma mísera dezena de tas que não ficaram contentes com a ideia, a esmagadora maioria sentiu que seria o melhor para o país, certo? Então porque é que hoje em dia ouvimos dizer, de pessoas que não são de direita e até mostram o seu repúdio pelo mo, coisas do género: “os Espanhóis, os Italianos e os Alemães também tiveram um período negro de mo na sua história e hoje em dia são o motor da economia europeia”; eu digo-vos porquê: Como em tudo o resto, dado o paizíto manhoso e medíocre que sempre fomos, tivemos uma merda de um ditador que só serviu para manter o povo à fome e “calado”. O homem só tinha ideias tristes e poucochinhas, as pessoas queriam-se “pobretes mas alegretes”, e das ovelhas tresmalhadas, tratava a PIDE. Não houve nenhuma orientação empreendedora para o futuro. O Franco, podre de ta que era, tinha uma visão, bem como os restantes ditadores europeus… o Salazar era um coitadito com vistas curtas que acabou por cair da cadeira, o desgraçado! Enquanto os outros países europeus andaram a comer o pão que o diabo amassou com um propósito global, o da sua afirmação enquanto nação num contexto europeu (ou mundial, como queria o , mas hoje não quero falar neste assunto), em Portugal andámos a sofrer, sim, mas por coisa nenhuma… não houve nada de positivo, neste futuro que agora vivemos, nada de sólido e concreto para podermos agarrar e investir. A verdadeira Revolução ainda não foi feita ou encontra-se inacabada! Temos de fazer a Revolução da mente e das ideias, porque este ser portuguesinho que somos só nos tem trazido desconforto e dificuldade. Não é cá apertar o cinto durante 2 ou 3 anos para depois as coisas correrem melhor. Os Irlandeses fizeram um investimento de 20 anos na Educação! Os Espanhóis fizeram um investimento na Indústria nacional que não tem fim… e ainda têm fábricas têxteis a trabalhar para a Zara, Mango e outras que tal, cá em Portugal. Para os que dizem “deixem vir os Espanhóis tomar conta disto que será a nossa safa” parece-me que eles já tomaram conta de nós há muito tempo… o 1º de Dezembro foi a melhor coisa que lhes aconteceu, só nós é que não vimos isso e ainda achamos que estamos melhor sem eles. Temos de deixar de ser um povo de idiotas e mentecaptos e subir à altura dos nossos ideais e valores morais. Correr com os filhos da puta que se alimentam do nosso trabalho de forma tacanha e chico-esperta, porque cá trabalha-se, e mandá-los para onde façam falta. Temos de deixar de estar como nos diz o Jorge Palma, com “um pé numa galera e outro no fundo do mar” e fazer como nos dizem os Gatos Fedorentos: “Ahhhhh, isto vai dar uma ganda volta!!!” Entretanto, e para deixar claro o que sou, o que penso e o que quero, nada como um excerto da música mítica e profundamente verdadeira do Sérgio Godinho:
“Só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
A paz, o pão, habitação, saúde, educação”

Ah, e tal, 25 DE ABRIL SEMPRE e o camandro!

segunda-feira, 24 de abril de 2006

É Gourmet, pois’atão!

Como é que há pessoas que conseguem comer caracoletas? Eu nem percebo como é possível haver quem ponha caracóis na boca, porque me parecem nojentos, agora lesmas grandes? Incrível! Tenho a ligeira impressão que se tratou de uma brincadeira, ou aposta, que dois cozinheiros franceses fizeram para se vingar de gente snob que frequentaria o restaurante onde trabalhavam: “já que têm dinheiro e comem coisas caras e raras de encontrar, como caviar ou ostras, vamos ver se lhes conseguimos impingir a ideia de comer assim uma coisa mesmo nojenta que ninguém no seu perfeito juízo comeria… lesmas, por exemplo, mas dizendo que é comida para gente fina e distinta. Até podemos inventar um novo conceito para este tipo de refeição… gourmet!” Tudo isto me faz lembrar aquela cena do filme Desperado em que a personagem interpretada por Quentin Tarantino faz uma aposta com o barman em como consegue mijar de pé para dentro de um copo de shot que se encontra em cima do balcão, sem deitar uma única gota para fora. Ele acaba por mijar para cima do barman e do balcão, e este ainda se fica a rir. Depois vai até ao fundo do bar buscar o dinheiro de uma aposta superior que ele tinha feito com uns tipos que estavam a jogar snooker e a assistir à cena… hilariante! Cada vez que vejo gente rica a comer lesmas, parto-me a rir. Quero lá saber que até saibam bem!

domingo, 23 de abril de 2006

A devida explicação

Se não fui suficientemente explícito no post anterior, face ao título avançado, dedico estas linhas à consequente e necessária explicação, mas por tópicos:
planos, a frase de John Lennon
bolos, dada a intrincada complicação do tema, eu é mais bolos
mamas, li “prateleira” no nome do blog, e jovem saudável que sou, levou-me a pensar (imediatamente) em mamas… e grandes, pois’atão!

sexta-feira, 21 de abril de 2006

Planos, bolos e mamas grandes

A condição humana, quando observada e estudada, sempre evidenciou uma dicotomia dialéctica que nos persegue a todos desde a alvorada dos tempos e nos caracteriza enquanto mortais dotados de livre arbítrio, coisa única entre as espécies que compõem este planeta e o universo conhecido. Podem existir outros animais dotados de inteligência conhecidos pelo homem, e até alguns que concebam, não a ideia, mas talvez a vontade de extinguir a sua própria vida, porém, aquilo que nos caracteriza enquanto espécie é sem dúvida único e, até ver, inédito. Passo a explicar: se “a vida é o que nos acontece enquanto fazemos planos”, então para quê entrar em grandes raciocínios lógicos de preparação para a vida real? Qual o porquê que fundamenta uma reflexão compulsiva a priori sobre aquilo que são os nossos sonhos e objectivos a concretizar no tempo futuro… a vida é aquilo que se passa lá fora enquanto passamos tempo cá dentro (na nossa mente). Mas por outro lado de que nos serve a adrenalina pura de um golpe espontâneo e completamente irreflectido se acabamos por nos prostrar na poeira de tais acontecimentos fugazes e voláteis como são cada um dos passos que damos em qualquer sentido que seja. Quando fecharmos os olhos pela última vez não haverá a necessidade de repensar e organizar memórias e pensamentos num álbum bonito e mágico… a vida já terá sido, já se terá extinguido, acabado. O que há a retirar de uma vida se nunca nos chegamos a aperceber do seu verdadeiro sentido e porquê o sermos responsáveis e modestos quando podemos ser deuses da nossa individualidade existencial e aparente satisfação? Ao sermos nós próprios, até ao ponto de não nos preocuparmos com os outros ou até com a nossa saúde física, psíquica e emocional, estamos a contaminar a água usada para saciar a nossa sede de felicidade, pois que o imediato nem chega sequer para alimentar a fome de satisfação evidente que nos move, o nosso contentamento e prazer instantâneo. Temos de ser inteligentes, até mesmo emocionalmente inteligentes, porque de nada serve entregarmo-nos a uma paixão, às cegas, se não houver um mínimo de reflexão cuidada no sentido de nos precavermos com base no conhecimento adquirido em experiências anteriores. A nossa paixão última deve ser, tendencialmente, a nossa vontade de viver e de experienciar. Experimentar antes, por vezes a medo, para depois reflectir um pouco e dar o salto certo, em equilíbrio, no momento oportuno. Não há tempo útil de vida para pensar demais, mas também não podemos agir constantemente de forma imprudente e infantil, há que crescer primeiro. De entre o muito lixo que eu acumulo na minha mente, as ligeiras barbaridades que regurgito, bem como as simples teorias que componho de forma inocente, como quem faz um jingle, escolho uma frase da minha autoria para acrescentar às frases e clichés referidas por filósofos, pensadores, simples observadores ou gente comum: “queima as tuas asas ao sol e não dentro do teu casulo” – sim, porque há espaço para todos arrotarem as suas postas de pescada nesta sociedade pluricultural e aberta, vivemos em democracia certo?, então gozemos dessa liberdade tão fundamental e primária – Há um tempo para observar, experimentar, crescer… e viver! Bem visto, bem medido, bem equilibrado, há tempo para tudo. Agora em relação à questão da dicotomia. Uma vez que não entendemos o sentido da nossa vida pessoal, proponho que se tome como correcto (não necessariamente verdadeiro) o facto de haver inexoravelmente um sentido de vida maior e superior à nossa existência individual. O conjunto de todas as vivências humanas cria uma base de dados maior, denominada de cultura ou conhecimento. Acima de todos nós, indivíduos, etnias e civilizações, está o sentido de existir enquanto um todo, e para isso existe a necessidade premente de partilhar informação e conhecimento. Sendo que, nos dias que correm se torna cada vez mais complicado organizar tertúlias, e o tempo nunca chega para dizer o que se tenciona, partilho agora convosco uma frase de um amigo comum, meu e de muitos os que visitam este blog, para dar os parabéns e as boas vindas a um novo projecto: “chose a life, faz um spam, publica um blog”.
Para saber qual o projecto basta clicar no título deste post e serão redireccionados para um novo blog feito em equipa, onde eu mui orgulhosamente me incluo.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

Ainda existe Omo?

Para apoiar um tema relativamente entediante, sugiro que oiçam a música desta semana: “Elevator Beat” de Nancy Wilson, da banda sonora de Vanilla Sky, na MusicBox. Agora em relação ao tema do post: para a malta mais nova, que poderá pensar que esta pergunta terá um carácter negativo e homofóbico, respondo já que Omo era uma marca de detergente muito conhecida, do tempo da Farinha Amparo. Ainda existe Skip, Tide, e o Sonazol, mesmo não sendo em barra de sabão, também se consegue encontrar nas prateleiras dos supermercados, mas o que terá acontecido ao Omo? Deixo a pergunta em aberto para um sapiens que consiga responder...

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Let’s look at the trailer

Que bela altura para ver bom cinema. Tenho estado de férias, e como tal, tenho-me administrado quantidades grotescas de cinema medíocre, como é de esperar em alturas em que se faz tão pouco, nos deitamos tardíssimo, passamos muito tempo em casa e procuramos qualquer forma de fugir à programação da televisão, que quanto a essa, qualquer filme manhoso lhe é incomensuravelmente superior. De entre os muitos filmes que tenho trazido do videoclube e pedido emprestado, ontem acabei por ver o Crash em dvd e hoje decidi ir ver o Inside Man ao cinema. Do primeiro há muito que eu podia dizer, mas para não estragar o filme a quem ainda não viu – e como é possível se é um filme de Fevereiro de 2005 e já está há séculos para aluguer – vou apenas dizer que se trata de um filme genial, muitíssimo bem escrito e magistral e simplesmente dirigido. A premissa sob a qual a história se vai desenleando é de uma verdade genuína e incontornável, que só quem vive em grandes metrópoles se apercebe na sua força máxima. É um filme simples e conciso, brilhante! Em relação ao segundo, fui vê-lo pelo realizador, mas também pelo elenco. Surpreendeu-me pela positiva… e eu já ia à espera de um bom filme. Spike Lee não prima pela técnica nem pela fotografia, e liga pouco ou nada a efeitos especiais, talvez apenas aos efeitos visuais, mas é um grande director de actores e faz verdadeiras obras-primas em torno de histórias sobre a condição humana, valores e ideologias. É um filme a não deixar de ver!

terça-feira, 18 de abril de 2006

Modus operandi

Hoje deixo-vos com uma lista de expressões linguísticas muito interessante (ou não). Tenho andado a reuni-las desde há algum tempo e sinceramente não me apetece tecer grandes comentários acerca delas. Basta que as leiam, talvez rir um pouco, e se for o caso de algum de vocês as utilizar… por favor corrijam isso!
derivado ao facto…
prontos
penso eu de que
a modos que…
hadém…
está em França Vs. está na França
(só funciona em alguns casos)
ele deve de ir a casa
aventoinha
rotar
(sim, quer mesmo dizer arrotar)
Ok, até vou comentar… acreditem ou não, eu ouvi estas duas últimas expressões ditas pelas mesmas pessoas. Significa isto que as mesmas pessoas que comem o “a” em arrotar, acrescentam-no a “ventoinha”. Posto isto, e depois de mais umas gargalhadas, retirar-me-hei para dormir.

domingo, 16 de abril de 2006

As músicas que nos tornam melómanos

Em jeito de best of, deixo-vos com uma lista de algumas das músicas mais importantes das últimas duas ou três gerações, que fizeram de mim um melómano e, de certa forma, a pessoa que sou hoje… aparentemente sem ordem… as músicas, entenda-se:
The End, Doors
Riders on The Storm, Doors
Comfortably Numb, Pink Floyd
Shine on You Crazy Diamond, Pink Floyd
Wish You Were Here, Pink Floyd
Bohemian Rhapsody, Queen
Somebody to Love, Queen
It’s Late, Queen
Come Together, Beatles
Lucy in The Sky With Diamonds, Beatles
Hey Jude, Beatles
Satisfaction, Rolling Stones
Paint it Black, Rolling Stones
Child in Time, Deep Purple
Smoke on The Water, Deep Purple
Stairway to Heaven, Led Zeppelin
All Along The Watchtower, Bob Dylan
Little Wing, Jimi Hendrix
Me And Bobby McGee, Janis Joplin
Hotel California, Eagles
The First Cut is The Deepest, Cat Stevens
You Got a Friend, James Taylor
Purple Rain, Prince
Old Love, Eric Clapton
Mrs. Robinson, Simon & Garfunkel
Hit The Road Jack, Ray Charles
Sex Machine, James Brown

…esqueci-me de alguma coisa? É bem possível!
E para vocês, quais são as músicas mais importantes? Não falo só das que vos tocaram individualmente, mas sim daquelas que marcaram a nossa geração, a anterior (dos nossos pais), e a semi-geração dos nossos irmão mais novos (para quem os tem).
Não incluí músicas portuguesas, brasileiras ou francesas nesta listagem porque me refiro a músicas universais. Por outro lado também me faltaram alguns intérpretes/compositores importantes como o Frank Sinatra, Elvis Presley, Van Morrison, B.B. King, etc., mas achei que seriam, de certa forma, secundários.
Comments please…

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Música é do demo!

Eu digo mal dos canais televisivos portugueses pelos filmes que passam de forma tão repetitiva, mas nunca me canso de ver dois deles: Do Cabaret Para o Convento e Do Cabaret Para o Convento 2. Para quem é melómano e aprecia jogos de vozes, vocalizações e harmonias vocais, é uma delícia fantástica. Recomendo vivamente!
Deixo-vos com um cheirinho na MusicBox… gosto muito de Rock, Blues e Jazz, mas não há nada como Soul e Gospel, é uma música do demo!

quinta-feira, 13 de abril de 2006

É muita fruta!

Para desenjoar do post anterior, sugiro uma reflexão à volta do tema “o novo produto da Compal”.
Iogurtes com pedaços já eu conhecia; comprimidos de vitaminas e suplementos proteicos não me causam estranheza; até já ouvi falar de gente que gosta de tomar bananas via anal, tipo supositório… agora, fruta concentrada em pacote!? E não será para diluir com água e fazer suminho? Por favor!! Já estou a ver o filme todo: um Actimel logo de manhã com o rissol e o leite achocolatado; ao almoço, um Becel Pro.Activ, para controlar o colesterol, a acompanhar a sandocha de coirato; pela hora do lanche, um Compal Essential de manga, juntamente com fatias de pão light barrado com aquela manteiga diet que não tem sal nem açúcar mas engorda como as outras. E ao jantar, vai a famelga toda ao McDonalds, mais pelo Sundae do que pela chicha, devorar HappyMeals como se não houvesse amanhã… porque pode não haver! Não vos mete confusão?? É que eu também gosto de comer fruta com casca… mas inteira! …ok, dou várias dentadas, mastigo devagar, depois lavo os dentes e uso fio dental!!

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Muito chocolate!

A Páscoa é uma época festiva que me desgraça, quase como o Natal. Mais valia darem-me uma injecção de chocolate na jugular, fazerem um compacto especial com os 10 Mandamentos, a Paixão de Cristo e o Sozinho em Casa e pronto, no outro dia lá iríamos trabalhar sem ter aturado tias-avós que nos lambuzam a cara, avôs caquécticos que se engasgam com folar, a pensar que poderão não estar cá na a próxima primavera, e gaiatagem espalhada pela casa toda aos berros a perguntar onde está a Playstation ou um computador com o Messenger ligado à net. Chamam a isto família??? Uma cambada de grifos que mais parece uma praga de gafanhotos que devora tudo por onde passa e não deixa nada direito? É que nem o tampo da sanita ou o isqueiro do fogão resiste a esta gente!! Não haverá, num futuro próximo, subsídios a fundo perdido ou linhas especiais de crédito para ajudar ao financiamento destes “imprevistos”? Talvez seja uma oportunidade de ouro que os bancos estarão a deixar passar em claro: depois do crédito automóvel e imobiliário, das férias, computadores, máquinas digitais e leitores de mp3… o crédito bonificado de apoio às reuniões de família e épocas festivas. E o símbolo da Páscoa? Não era já tempo de trocarem o coelhinho felpudo e ternurento por uma playmate meiguinha, enrolada em fitas de Carnaval e confetti? Porque é que a Playboy não passa a perna ao Vaticano e muda o look desta época festiva? O Natal também não perdeu a simbologia característica quando a Coca-Cola mudou a cor ao Pai Natal! Venham daí mulheres e homens que se encharcam em chocolate, quer seja líquido (em chávenas ou SPA’s), em tabletes ou amêndoas, e mantém a mesma figura ano após ano. Nesta sociedade que dá tanta importância à “beleza”, criando meterossexuais a cada dia que passa, não me espanta nada se trocarem o Coelhinho da Páscoa pelo Zé Castelo Branco de tanga, orelhas de coelho e pompom, e ainda uma daquelas cigarrilhas tão femininas, tipo Jessica Rabbit ou Marlene Dietrich… ischhhh!!! Agora retirar-me-ei, ouvirei cânticos de corais negros e música de Ravi Shankar, acenderei velas e incenso por toda a parte, de forma a limpar toda a conspurcação nefasta que me vai na mente… voltarei com pensamentos mais dignos e puros!

terça-feira, 11 de abril de 2006

Dove não é só chocolate

Quero dar os parabéns aos responsáveis pelas campanhas publicitárias da Dove por nos mostrarem mulheres normais em vez de supermodelos fantásticos de beleza ofuscante. O estereótipo da beleza dos dias de hoje está completamente corrompido e é de uma futilidade extrema. Levam-nos a desejar mulheres que não existem, que são fabricadas até ao mais ínfimo pormenor. Elas andam por aí, é certo, mas não existem sem aquela maquilhagem, aqueles cabelos e aquela roupa. São exactamente como as outras, que em certos momentos também se detestam fisicamente e mostram padecer dos mesmos medos e preocupações … no fundo são todas iguais, assim como os homens! O que é preocupante, é haver quem se queira igualar ao estereótipo e faça das tripas coração, deixando a saúde para segundo plano, para se parecer em certos pormenores com o modelo que uns tipos quaisquer, de certeza homens, se lembraram que seria o ideal para vender. Porque a questão é mesmo essa, vender! Por outro lado, assistimos às campanhas publicitárias da Dove que se baseiam em mulheres normais, cuidadas e preocupadas, mas com a saúde e o bem-estar, e não somente com o aspecto. A mim parece-me melhor assim. Gosto de ver mulheres lindas e fantásticas, em grandes poses sexy e com farpelas altamente excitantes, mas é só mesmo para olhar, e a imagem gasta-se depressa. Para mim, se uma mulher me parece fisicamente bonita quando acaba de acordar, será sempre bonita em qualquer outra situação. E depois há a beleza interior, a inteligência, o sentido de humor e o carácter – em suma, a personalidade – que podem não excitar tanto como o aspecto físico e a química natural, mas são a outra face da mesma moeda.

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Smile

Uma vez que é segunda-feira, e outra semana recomeça, deixo-vos com uma música escrita por Charlie Chaplin e aqui interpretada por Michael Bublé. Dedico-a a uma pessoa muito especial... e aos demais também!

Ainda a pirataria…

Qual é a maior empresa, liderada pelo tipo mais rico do mundo?
Qual é o maior alvo da pirataria informática?
…e mesmo assim não fez “grande” mossa, certo?
I rest my case!

sábado, 8 de abril de 2006

Someone is watching Big Brother

Quem não se lembra da célebre frase de Clint Eastwood na pele do Dirty Harry: Do you feel lucky, punk!? Ok, agora experimentem a ir à página inicial do Google, escrever “failure” e clicar em Sinto-me Com Sorte! Buahahahahahahahah! lol

sexta-feira, 7 de abril de 2006

Pirataria informática

Tenho estado atento a esta questão, que parece ter vindo para ficar, mas tudo indica que é mais fogo de vista. Eu digo isto porque tenho lido muito sobre este tópico e concordo que será impossível passar do nível dos exemplos para uma prática contínua. Em primeiro lugar parece-me óbvio a necessária distinção entre quem faz downloads ilegais para consumo caseiro, ainda que grave em cd para ouvir no carro ou em festas com os amigos, e quem corre a net de uma ponta à outra para satisfazer o seu público alvo numa feira perto de si, esses sim, são os verdadeiros piratas informáticos: filmes, álbuns, jogos, etc. Posso não ser grande exemplo, mas nunca deixei de comprar dvd’s ou cd’s porque os arranjava de outra forma. Vou ao cinema, alugo filmes, peço cd’s emprestados e já tenho sacado muita coisa da net. Tenho a discografia completa das bandas que mais gosto, vou reunindo todos os filmes que aprecio, e a maioria dos cd’s e dvd’s são originais (tenho mais de 300 álbuns em cd e 170 filmes em dvd… tudo original!), aliás, serão todos originais num futuro próximo, é essa a minha meta. Eu até tenho muitos vinis e continuo a comprá-los. É neste ponto que acho que assenta o busílis da questão: quem perde mais, ou perde mesmo, com a pirataria informática são as editoras e não os autores, por isso me parece bizarro estarem a mascarar a questão desta forma. Sou músico, e embora apenas tenha músicas incluídas em colectâneas ou edições de autor, mas tudo registado na S.P.A., não me importo nada de passar as minhas músicas em formato de mp3 pela net ou em cd’s gravados por mim. Seria até um orgulho muito grande se me apercebesse que houvesse quem fizesse partilha das músicas das minhas bandas através dum meio tão grande e de tão largo alcance como a internet. A internet será o motor da cultura e do entretenimento deste século, não será a televisão de certeza. E até hoje não vi ninguém queixar-se de gravarmos filmes, documentários ou novelas em VHS!? E toda a gente o fazia e faz! Então porquê a dualidade de critérios? A internet chega a toda a gente? Talvez menos pessoas tenham net do que vídeos em casa. Para quem está no meio, vou confessar-vos um pormenor muito importante: os músicos ganham com os concertos e com os royalties. Recebem quando tocam ao vivo, quando aparecem na rádio e na televisão, o que conseguem com as vendas dos cd’s e dvd’s, embora dependa do estatuto músico e do seu contrato com o seu label (editora), é uma ninharia comparado com o que as editoras discográficas arrecadam com cada cd que se vende por 12€ ou 15€. E o escândalo ainda é maior quando nos apercebemos que nós temos um IVA de 21% para tudo o que é cultura e a maior parte do entretenimento, enquanto que a grande maioria dos outros países comunitários têm IVA’s de 5% e 3%... ah!, já perceberam onde quero chegar!? Ok, ainda vos deixo outra: os bilhetes de jogos de futebol têm um IVA baixíssimo, tipo 5% e são àquele preço que toda a gente conhece… onde é que quero realmente chegar!?? É tudo uma questão de negócio e interesses! E sendo assim, e porque há cada vez mais bandas e músicos (ou escritores!) a publicar os seus trabalhos na internet, quer seja de forma paga ou completamente gratuita, quero deixar uma palavra de ordem a estes senhores que são “donos” da cultura e das empresas que sustentam a cultura em Portugal, quer eles sejam também artistas ou não: PUTA QUE OS PARIU SEUS FASCIZÓIDES CINZENTÕES!!! E quanto aos tribunais e às autoridades competentes, vão mas é atrás de quem assalta velhinhas, prostitui criancinhas e leva empresas nacionais à falência e gera desemprego que são às centenas e se misturam com as pessoas “normais”. Pronto, já desabafei!

quinta-feira, 6 de abril de 2006

As Mulheres e o Sport Billy

Tanto as mulheres como o Sport Billy têm tudo e mais alguma coisa na mala que trazem como companheira, para toda e qualquer ocasião. Com características tão idênticas, no que aos adereços diz respeito, as mulher e o Sport Billy revelam-se verdadeiramente opostos. O Sport Billy tem um óptimo sentido de oportunidade e consegue tirar o que quer no momento certo para resolver a situação, enquanto que as mulheres nunca acham o telemóvel, mesmo quando este está a tocar. Uma malinha de mão está para uma mulher como uma mochila de 25 litros está para um campista – leva muita tralha, encontra-se relativamente arrumada, e é extremamente difícil tirar o que se procura sem antes pôr cá fora metade do seu conteúdo. Contando com o tão falado 6º sentido que as mulheres possuem, eu diria que o Sport Billy sairia vencedor num possível confronto. Já ele tinha tirado um escadote de 20 degraus para subir ao telhado e salvar o gatinho, enquanto que elas teriam de tirar o espelho, o maço de tabaco, o isqueiro, os penso higiénicos, o batom do cieiro, a escova, o telemóvel, o organizer, a carteira repleta de fotografias dos antigos colegas da secundária, os lenços de papel e as pastilhas elásticas antes de conseguirem chegar às chaves do carro… que nesta altura, percebendo-se ter ficado destravado, já se tinha estatelado, ladeira abaixo, contra um autocarro.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Afinação vs falta de ritmo

Por falar em desafinação... porque é que as mesmas pessoas que assistem a um concerto cantam afinadinhas a acompanhar a música mas se for a bater palmas não atinam com o ritmo? É uma confusão que não se percebe nada!

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Se você disser que eu desafino…

Porque é que quando um grupo de pessoas canta os parabéns, supostamente para agraciar o aniversariante, parecem uma cambada de gatos com o cio e não conseguem atinar? Mesmo que haja uma ou outra pessoa com ouvido, é difícil de afinar porque cada um canta para o seu lado e no seu tom. No geral acaba por ser confuso e destabilizador, porque quase todos se apercebem de estar algo mal, mas pensam estar certos e não tentam seguir os outros. No seu aniversário, qualquer pessoa deseja festejá-lo com bons sentimentos e de forma agradável, não tendo o povo todo a tentar executar uma das obras musicais mais fáceis de trautear da história da humanidade, de forma abusadora e ultrajante. É o delírio atrás das bancadas!

sábado, 1 de abril de 2006

O último post!

Com muita pena minha, este será o último post que este blog irá ver. Foi uma decisão difícil e agonizante, que se prende apenas com questões do foro pessoal, não me deixando hipóteses de voltar atrás. Mas menos pena tenho em relembrar que hoje é dia 1 de Abril, logo, este post apenas serve para encher chouriços. lol Amanhã há mais!

sexta-feira, 31 de março de 2006

Verão, placas de chocolate e animais de colo

Há certas e determinadas coisas que me irritam solenemente, mas não querendo entrar em questões de política e referir nomes, revelo apenas que estando eu a comer um gelado de pau e caindo uma das placas de chocolate que o cobre, inteira, isto enquanto tento morder a que está mais próxima da boca, só me dá vontade de gritar desalmadamente e dar chutos violentos em caixotes do lixo, velhas e animais de colo… não sei bem explicar porquê, mas é esse o impulso contra o qual tenho de lutar com todas as minhas forças quando se dá esta situação, que não é tão rara assim… e não tarda está ai o Verão!

quarta-feira, 29 de março de 2006

Cadeiras de rodas

Por vezes surgem-me questões que o comum dos mortais acharia pouco interessantes ou apenas relativamente pertinentes, mas às quais eu dou muita importância do ponto de vista prático. As cadeiras de rodas também têm furos? E se sim, onde levam o pneu suplente e o macaco!?


relembro:
questões mais ou menos pertinentes

segunda-feira, 27 de março de 2006

Cúmulo dos cúmulos

Um amigo do meu irmão, que está a estudar em Espanha, conseguiu comprar uma camisola oficial da selecção nacional – a nossa – por cerca de 15€, e não estamos a falar de uma imitação asiática com as quinas mal desenhadas… what’s the catch??? Cá custam mais de 60€!!! É por isso que eles vivem (bem) e a gente sobrevive… mal!!

domingo, 26 de março de 2006

A Barbárie

Abriu há uns dias, no Canadá, a época de caça às focas e já foram dizimadas mais de 25.000 crias… ok, eu confesso que não me sinto mal quando oiço falar em pesca de peixe não adulto, e realmente esse facto não muda a minha postura, mas de qualquer forma, em relação à caça de focas, e pelas imagens que observei na televisão, que me deram a volta ao estômago, tão pouco considero aquilo uma caçada, é mais uma cambada de mentecaptos perversos e pouco viris a distribuírem pauladas em focas bebés que não conseguem fugir. A eficácia é a mesma de andar a “caçar” caracóis. PUTA QUE OS PARIU!!! Não valem o ar que respiram: os “caçadores”, os empresários que as procuram como matéria prima… E QUEM COMPRA!!!

Portugal no Seu Melhor

Os tugas, de facto, são do melhor que há no acto do desenrasque. Um dono de um restaurante achou uma forma de contrariar o baixo consumo de frango nesta época afectada pela gripe das aves. No menu e no próprio letreiro do restaurante pode ler-se, e passo a citar “Frango tipo Leitão”. Pode ser que a coisa peque e a malta não repare na diferença.

quarta-feira, 22 de março de 2006

Menschkeit

Existe um acordo tácito entre o cidadão comum, homem, e os farmacêuticos, também eles homens, no que diz respeito a certos artigos que se podem adquirir numa farmácia. Quando um homem vai comprar preservativos, lubrificante ou pomada para o hemorroidal a uma farmácia, não realiza o seu pedido de peito feito e com voz grossa, muito pelo contrário, existe uma variada gama de sinais e expressões que utilizadas nessas situações que só os farmacêuticos entendem e registam, satisfazendo com a máxima descrição e subtileza possível, o desejo do cliente. Erradamente, constatei hoje que não existe esse tipo de acordo de cavalheiros com os tipos que trabalham atrás do balcão das bombas de gasolina. Descansadamente, fui ver se já tinha chegado o meu cachecol do Sporting que tinha pedido, anteriormente através de uma troca de pontos de combustível. Acontece que o tipo que me atendeu, embora simpático, desatou aos berros lá para dentro – seja lá onde isso for, porque eu não vi mais nenhum empregado – a perguntar se já tinha vindo “algum cachecol do Sporting”… parece ingenuidade!? Não foi, foi até propositado! A bomba de gasolina tem um pequeno “bar” onde se abastecem de minis todo o tipo de trabalhadores de construção civil, trolhas, pintores e outros que tal, e à hora que por lá passei, aquilo mais parecia um antro, completamente apinhado… moral da história: era só benfiquistas que aproveitaram para me utilizar como alvo da mais vil e insidiosa chacota que há memória. Principalmente por ser hoje o dia das meias-finais da Taça de Portugal em que o Sporting joga com o Porto, e tendo sido o Benfica já afastado. Acontece que tenho andado a torcer pelo Benfica nas competições europeias – outro erro da minha parte – e como gosto muito de futebol e sempre me considerei um tipo justo e equilibrado, cheguei até a levar o meu avô benfiquista para tirarmos um petisco durante o último Benfica x Liverpool, mas agora já não volto a fazer a mesmo figura de urso. Com a família até vai, mas se é guerra que querem, é guerra que vão ter!

Menschkeit: palavra alemã que significa “cavalheirismo entre homens”

terça-feira, 21 de março de 2006

Circo vs TVI

Ai que bem escolhido! …circo e a TVI, duas das coisas mais rascas e mal orientadas da sociedade portuguesa dos dias de hoje. A primeira porque trata melhor o público do que os seus animais – chega a meter nojo, e a segunda porque trata melhor os “artistas” do que o “seu” público – chega a meter dó! Entre um e a outra venha o diabo e escolha, dasse!? Mas consigo descortinar uma coisa positiva nisto tudo. Já não vejo televisão durante o dia, agora chego a casa tão pouco a vejo à noite. Só torna tudo mais fácil para mim.

segunda-feira, 20 de março de 2006

Chegou a Primavera… ou não!

Por falar em prima, aqui no Alentejo temos a expressão “quanto mais prima mais se lhe arrima”, e por falar em rima, sendo hoje segunda-feira, dia de música nova na MusicBox, deixo-vos apreciar o equinócio ao som dos Afonsinhos do Condado, essa mítica banda tuga...

domingo, 19 de março de 2006

Farinha Amparo vs Chocapic

O comentário do Zé Pikeno ao último post fez-me lembrar de um pormenor que é mais um indicador de que estamos a ficar velhos e descontextualizados. Alguns dos nossos amigos já são pais e mães, já houve um ou outro casamento, há casais a viverem juntos e a comprar casa, e o mais terrível de tudo é que se eu usar a expressão “deve ter-te saído a carta na Farinha Amparo” com um tipo de 20 anos que me ia batendo no carro porque não se lembrou de fazer a merda do pisca na rotunda, não serve absolutamente de nada e acabo por fazer figura de urso. Mas se trocar Farinha Amparo por Chocapic já todos percebem, mesmo os mais velhos. De facto, sinto-me muito orgulhoso dos meus tempos de criança e adolescente. Joguei e brinquei com e a tudo e mais alguma coisa, dentro e fora de casa, conheci praticamente todas os gaiatos e gaiatas que viviam no meu bairro, e não me estou a referir apenas a uma rua ou quarteirão, o bairro inteiro sim! Mascarávamo-nos de cowboys sem ter de pensar duas vezes e até chegávamos a saltar à corda e a jogar ao elástico com as gaiatas no intervalo das aulas. Se elas brincavam aos Pin&Pons nós escolhíamos o estrunfe de borracha ou o E.T. de plástico, se elas brincavam com a Barbie nós éramos o Ken, e se elas jogavam ao elástico de uma forma puramente lúdica, nós entrávamos com uma mentalidade competitiva, era tudo perfeitamente normal. Naquele tempo não havia stresses relativamente a questões de orientação sexual, aliás, nem pensávamos muito nisso, apenas queríamos tornar-nos conhecidos na escola o suficiente para nos aniversários não calharmos com a vassoura quando chegasse à hora do baile. Hoje em dia não reconheço os comportamentos das crianças e adolescentes. Ele é consolas, computadores, DVD’s, telemóveis, Pokemons, Morangos com Açúcar, explicações para todas as disciplinas e almoços de família no McDonalds… estará tudo louco!?!? Então e os bonecos (vulgo Legos e Playmobis), os jogos em grupo e os desportos de equipa com o mínimo de competição ou a um nível aceitável? Se os putos de hoje, aos 11 anos, já têm acesso a filmes pornográficos em DivX sacados da net, nunca vão saber o gozo que dava tentar achar revistas eróticas no quarto do(s) pai(s) ou mesmo roubar uma Playboy numa tabacaria enquanto um amigo distraia o vendedor a encher os bolsos com pastilhas Super-Gorila e outro a abrir os pacotes de Bolicao para tirar os cromos. Estes putos de hoje vão ser uma cambada de enteguidos e vai-lhes passar ao lado muito do que faz parte sentir e viver enquanto se cresce e se forma carácter. Na altura do Natal ou do Dia da Criança são horas e horas de intervalos publicitários com anúncios dirigidos às crianças. Os putos de hoje têm o que querem e fazem dos pais reféns, para obter tudo o que desejam. Quem trabalha numa loja ou numa grande superfície sabe do que estou a falar, chega a meter dó a forma como os putos tratam os pais. E estes desgraçados, porque passam pouco tempo ou nenhum tempo de qualidade com os gaiatos, deixam-se cair na esparrela. Mas são eles os culpados, os pais é que fomentam este espírito… quem é que governa presentemente, quem são os administradores das empresas hoje em dia, quem dirige as televisões e a sua programação nos dias de hoje? Se nós éramos apelidados de Geração Rasca, que nome dar a esta geração que se forma nos tempos que correm? Sem dúvida que não somos os culpados, mas temos uma responsabilidade moral de tentar mudar o status quo, uma vez que estamos numa posição privilegiada de observadores e em breve seremos nós a embalar o berço. A dita Geração Rasca poderá mostrar, num futuro muito próximo, que se funda em valores humanos, mais do que económicos e de índole consumista, e dar uma chapada de luva aos “nossos pais” que, não fracassando na nossa educação, o fizeram estrondosamente na avaliação e ideia que fizeram de nós há bem pouco tempo. A ver vamos…

sábado, 18 de março de 2006

Recordações de infância, parte VI

Já que se falou em expressões típicas de jogos, lembrei-me de fazer uma lista dos que conheço: esconder, apanha, rolha, 1-2-3 macaquinho do chinês, mamã dá licença, bola à parede, jogo da garrafa, bate pé…
Alguém se lembra de mais algum?
Comments please…

sexta-feira, 17 de março de 2006

Recordações de infância, parte V

Neste último fim-de-semana estive com amigos numa noite de jogatana, e como não pode deixar de ser, demos uso ao nosso vocabulário. O rico conjunto de vocábulos e expressões típicas que compõem o dialecto Javalim, a língua da Kanalha. Entre muito palavrão e frases estranhas para o mais comum dos mortais, lá nos fomos lembrando de vários vocábulos e expressões típicos de jogos… mas do tempo em que éramos putos (e pitas!). Quem não se lembra dos seguintes termos:

Arrebinchar – quando um jogo ficava sem efeito porque alguém fazia batota.

Coito – local de protecção em que ninguém podia ser “apanhado” ou “tocado”

Está quinado – dizia-se quando um dado era lançado e ficava de esguelha, não se conseguindo ler com certeza o resultado em pontos.

A primeira é de gesso – era o que se dizia quando se iniciava um jogo de cartas, monopólio ou de bola à parede.

Já agora deixo-vos uma expressão inventada há relativamente pouco tempo, mas que não será esquecida tão depressa… ou nunca: “Está a sair!! Está a sair!!!” Só posso dizer que tem a ver com o Uno!

quinta-feira, 16 de março de 2006

Opas do demo

Estive a ver as notícias e confesso que fiquei confuso. Com toda a informação que consegui juntar, e apoiado em gráficos que mostraram no Financial Times, acho que tanto o BCP tem acções do BPI como o inverso; além disso, os vários accionistas de cada um destes dois bancos portugueses, que são bancos espanhóis e brasileiros, por sua vez, também detêm acções de ambos. O BCP lançou uma opa ao BPI, que significa, se bem compreendi, que oferecem um determinado valor pelas acções do BPI que ainda não detêm, de forma a poderem comprá-las e, assim, conseguirem controlar o BPI. Os tipos do BPI, chateados por sinal, lá disseram, à sua maneira, “ó’pá!, agora vamos nós lançar uma opa àqueles cabrões!” e pediram ajuda aos vários bancos que fazem parte do grupo, os tais que têm acções do BPI, para que se lançassem aos tornozelos do BCP, assim tipo “morde o osso e não deslargues”… mas o que eu não percebo é o seguinte: como é que isto é possível se são todos “donos” uns dos outros!? Alguém me explica??? Economia nunca foi o meu forte e isto parece, de facto, muito estranho. Faz lembrar um filme do Robert Altman… chato, comprido e não se percebem os plot twists!

quarta-feira, 15 de março de 2006

Moléculas dos maus odores

Ocorreu-me uma questão muito importante. Poder-me-ia ter ocorrido uma qualquer outra coisa, mas foi uma questão que se levantou. Reparei num pormenor de um reclame de ambientadores, onde se ouve a frase “elimina as moléculas dos maus odores”… ok, já chegaram lá? …eu espero… “moléculas dos maus odores”??? Como é que o cheiro de um assado que comemos com todo o prazer ou de um bouquet de flores se torna em mau odor? Até percebo que o que digerimos se transforme em merda, e então cheire mesmo mal, agora como é que uma coisa que tem umas determinadas moléculas, portadoras de um cheiro agradável, se transforma em mau cheiro sem ser ingerido por alguém? São as moléculas que se alteram, liquefazem-se, apodrecem? Que raio acontece às moléculas do cheiro, visto que não passam pelo estômago de ninguém? Como é que as moléculas dos cheiros apodrecem no ar? E como é que tudo isto me pode levar a mudar os meus cortinados e a colcha da cama? E já agora o que significa a expressão latina fodicare?

terça-feira, 14 de março de 2006

Lista de filmes para ver quando tiver Alzheimer

De certo já aconteceu a toda a gente, ter um amigo que revela o final de um filme que queríamos ver, provavelmente levado pelo entusiasmo e tentando convencer-nos a ir vê-lo, ou ouvir uma conversa de terceiros num elevador ou no café, que nos alerta para um pormenor importante do plot da história. É das situações mais chatas pela qual podemos passar, mas o pior é não conseguirmos evitar. Aqui há dias, numa conversa com um amigo, foi-me revelado parte importante da história do filme Matchpoint do Woody Allen, o qual eu quero muito ver, mas pelo que um outro amigo meu disse, já não vai ter grande piada depois do que me foi contado. Sendo assim, e porque esta ideia nasceu naquela conversa, proponho que pensem numa possível lista de filmes para verem quando tiverem Alzheimer. Eu tenho mais sorte, porque me esqueço dos plots da maioria dos filmes e consigo revê-los quase com a mesma intensidade como da primeira vez. Não é um defeito, acreditem, é uma grande vantagem. Tudo bem que não me consigo esquecer dos finais, mas mesmo em filmes como Usual Suspects, American Beauty, ou Vanilla Sky, me esqueço de montes de pormenores e sempre que os volto a ver retiro o mesmo gozo da primeira vez.

domingo, 12 de março de 2006

Linhas eróticas

De certo que já todos repararam, porque eles inundam-nos a televisão com este tipo de anúncios, especialmente à noite, que é quando a programação melhora um pouco… ok, tem dias! Este tipo de anúncio, além de estúpido por natureza, vai mais longe em idiotice na forma como é feito. Quase todos têm mulheres jeitosas de lingerie, ou a esfregarem-se, mas porque é que tem de haver linhas do género (telefone ou sms, entenda-se!): “gajas boas como o milho, manda sms com a palavra milho para o 4002… manda sms com a palavra milho para o 4002”… e porque é que repetem aquela história do sms e do número duas vezes? Estes tipos irritam, são bem piores que os da tvshop!!

sábado, 11 de março de 2006

Insultos e impropérios, part deux

Lembrei-me de um insulto que uso muitas vezes, e muito embora não tenha espaço naquele extraordinário Top3, merece o devido destaque. Aqui fica então a frase mítica: “Só não és mais parvo por falta de espaço!” Ah, e a beleza desta injúria é a de poder ser utilizada nas mais variadas e diversificadas situações, bastando para isso trocar a palavra “parvo” por outra qualquer que se adeqúe às circunstâncias:
Exemplo 1: só não és mais cromo por falta de espaço!
Exemplo 2: só não és mais fútil por falta de espaço!
etc.

sexta-feira, 10 de março de 2006

The Dark Side of The Force

Para mim, ontem foi um dia de luto... só me ocorrem frases do género: welcome to the dark side of the force, ou welcome to the desert of the real! I sob in mourn…

quarta-feira, 8 de março de 2006

Vida Diet

Se o Natal e o Carnaval são quando um homem quiser, então eu ponho música quando bem me apetecer e me der na real gana. Apresento-vos “Vida Diet” dos brasileiros Pato Fu…



A gente se acostuma com tudo
A tudo a gente se habitua
E até não ter um lugar
Dormir na rua
A tudo a gente se habitua

Me habituei ao pão light
À vida sem gás
O meu café tomo sem açúcar
E até ficar sem comer
Sem te ver
A gente custa mas se habitua

Sem giz, sem água
Sem paz, sem nada

Não vai ser diferente
Se eu me for de repente
Se o céu cai sobre o mundo
E o mar se abrir
Em um inferno profundo

Se acostumou sem querer
Ao salto alto
Salário baixo, à vida dura
E até ficar sem tv
É bom pra você
Televisão ninguém mais atura

Expressões alentejanas

A cultura alentejana é rica e farta em expressões originais e singulares, entre elas estão duas que eu aprecio imenso (“…afalfá-las!” lol) mas nem sempre as uso: “homessa!?” e “vá a ver!”. A primeira é uma expressão típica e muito utilizada pelo meu avô; a segunda é comummente utilizada por quase todos os alentejanos. O meu avô diz homessa a por tudo e por nada, qualquer coisa serve para ele se espantar. O vá a ver já é uma expressão mais generalizada, até os bimbos têm o “à’lá’ber!”, mas eles utilizam-na no início de uma frase e nós no fim, para arrematar, de forma inteligente, uma intenção ou vontade de fazer algo, por exemplo: “Oh Zéi! Tou chei'da fome. Vamo’z’ali até à tasca do Ti’Maneli comer uns torresmos e beber umas minis… vá ver!” c.q.d.

terça-feira, 7 de março de 2006

Insultos e impropérios

Dediquei algum tempo a reflectir sobre este tema e cheguei a uma conclusão interessante (ou não!). Pensei naquela que será a pior forma de vilipendiar alguém e cheguei ao um delicioso Top3. Em primeiríssimo lugar temos “se pudesse transferia-te para o governo Regional da Madeira”, que não carece de justificação; num segundo lugar, já um pouco afastado, temos “que te saia do rabo algo que nem a ciência possa identificar”; e num terceiro lugar, mas muito próximo do 2º, temos “devias comer comida de prisão para o resto da tua vida”. Houve muitos outros com que me debati para chegar a este top3, mas sem dúvida que se tornou esclarecedor à medida que fui pensando na eventualidade de me acontecer o que estes vitupérios representam.

segunda-feira, 6 de março de 2006

Bendito roupão!

Aqui há tempos escrevi as piores coisas sobre essa fantástica peça de roupa que é o roupão! Levei algum tempo, mas acontece que me apercebi de um pormenor muito interessante (ou não!). A forma mais credível que nós temos de nos vestirmos como um super-herói, tirando o Carnaval, é andar de roupão. Haverá indumentária mais análoga ao traje de um vigilante ou super-herói do que um roupão? É como se andássemos de capa! Depois é verem-me a saltar de prédio para prédio, ou montado numa bicicleta com a capa, desculpem, o roupão, a debater-se contra o vento da noite… o mundo é a minha ostra… brutal!

domingo, 5 de março de 2006

Oscars, apresentadores e ventos de mudança

Aqui há dias tive uma conversa interessante e lembrei-me de a transpor para aqui. Ok, foi mais um monólogo do que um diálogo, mas tinha todos os contornos de uma conversa.

Explicava eu porque é que gosto tanto de ver os Oscars e nunca perdi uma transmissão desde que era bem puto. Não vejo por causa dos filmes, nem tão pouco por causa dos prémios, vejo sim porque acho que é uma experiência interessante e única. Assisto a cinema europeu, mas é óbvio que sempre fui inundado com cinema americano desde tenra idade, e música também, embora oiça tanto americana como inglesa (e outra), e nos Oscars até se nota uma estreita ligação entre ambos os mundos (não gosto de ver os Grammys, MTV Awards, etc, só mesmo os Oscars… e os Golden Globes quando calha!).

Um pouco como toda a gente, sempre fantasiei com os actores, actrizes, realizadores e o mundo do cinema em geral e para mim o ponto alto revela-se naquelas quatro horas de emissão ao vivo, num domingo para 2ª feira, em que tudo pode acontecer.

Desde os tempos da caça às bruxas na era McCarthy que o mundo do cinema nos EUA está dividido, embora pouco se note em entrevistas, premieres, nas apresentações ou conferências de imprensa. Quedam estas alturas, muito pontuais, em que se notam as divergências e aparecem as rachas no verniz.

Começando pelos apresentadores, nota-se que tem havido uma grande evolução e progresso mental, pois os americanos são um povo preconceituoso e até hipócrita, mas revelam tudo o que têm de pior e melhor em situações muito específicas como é o caso dos Oscars. Senão vejamos:

Billy Cristal até tem piada, mas é demasiado mainstream;

Steve Martin esteve bem, mas em linha com o Billy Cristal;

Woopy Goldberg tem a sua graça mas é muito politicamente correcta;

David Letterman, muito ao seu estilo, já foi uma mudança… pelo menos diferente do normal;

Chris Rock grande mudança por um lado, mas sendo ele preto e tendo sido entregues 3 prémios a actores pretos no ano anterior (coisa inédita!), já se esperava; humor acido e interventivo com alguns rasgos de brilhantismo;

Jon Stewart será uma revolução... estaremos cá para ver!

Aqui há uns bons anos deram um prémio de carreira ao realizador Elia Kazan, conhecido por ter sido um bufo na altura da caça às bruxas e o que aconteceu quando subiu ao palco é que foi aplaudido por muitos e vaiado por outros. Essa foi a situação que mais destoou até ao discurso de agradecimento deo Michael Moore há uns anos atrás. E tendo em conta o país em que se encontram, o tipo de espectáculo que é, os motivos que o sustentam e sendo a Academia algo conservadora, estas pequenas mas cada vez menos pontuais situações, mostram um pouco do carácter daqueles com quem fantasiamos e julgamos serem de uma determinada forma e afinal são de outra, ou até são exactamente como antecipávamos...

Seja como for, é uma verdadeira experiência sociológica, digna de se ficar acordado até mais tarde para se poder assistir em directo. Sim, porque a tv dá um apanhado no dia seguinte, mas é uma tanga cheia de comentários manhosos, cortes e até alguma censura.

Vejam este ano que vai ser bombástico! Pelo apresentador e porque ficaram de fora das categorias principais os blockbusters e as grandes produções.

Este ano os Oscars vão ser um evento um pouco mais dedicado à cinefilia na sua vertente mais artística!

sexta-feira, 3 de março de 2006

A Guerra não é justa!

A guerra é uma coisa muito estúpida. Porque é que um país como os EUA manda aviões com bombas e mísseis tácticos, para logo de seguida serem enviados aviões com ajuda humanitária!? Primeiro vão as bombas e os rockets e depois o arroz e o feijão. Como se não fosse suficiente um tipo ficar sem uma parte da casa por causa de um bomba que explodiu no quintal, e depois ainda se arrisca a ficar sem telhado porque lhe pode muito bem cair um caixote de comida em cima. E como se não bastasse tudo isto, um ano ou dois mais tarde é só McDonalds e Burger King’s por toda a parte… a guerra não é justa, não é não!

quinta-feira, 2 de março de 2006

Dica culinária: batatas e maçãs

Esta descobri eu sozinho: batatas fritas (preferencialmente aos palitos, feitas em casa, claro!) e maçã crua (verde) ou pêro cru (amarelo). Se quiserem juntar maionese, para molhar as batatas, força, é belíssimo!