O blog que vai bem com meia dose de migas de espargos, uma caneca de Mokambo e um rebuçadinho de mentol.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
O Primeiro-Ministro foi com o Pai Natal e o Super-Homem no comboio ao circo...
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Ah e tal, vamos mesmo!!
http://www.superbock.pt/SuperBrand/Super_Blog_Awards/Votar.aspx?id=708
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Anda tudo maluco, doente ou no estrangeiro
Após ponderada análise e consequente reflexão dos fenómenos verificados nestes últimos tempos, parece que este ano não vai haver presépio de Natal:
- a ASAE fechou o estábulo por falta de condições
- as vacas loucas tiveram de ser abatidas
- os burros estão todos no Governo ou na Assembleia da República, mas ao mesmo tempo a gozar férias ou em reuniões de trabalho no estrangeiro, ninguém os apanha por cá
- os reis magos cairam numa emboscada na Faixa de Gaza e foram levados pelos americanos para Guantanamo
- a palha ardeu toda nos incêndios deste verão
- o menino Jesus desapareceu algures este ano na Praia da Luz em Lagos
- Maria foi apanhada pelo SEF na noite a tentar arranjar uns trocos para comprar leite e pão
- José foi apanhado a vender autorádios roubados na rotunda do relógio em Lisboa, também ele a tentar arranjar algum sustento
- a estrela está apagada porque a REN anda num processo de enterrar cabos de muita alta-tensão
...enfim, são as marcas da indeléveis da realidade.
sábado, 22 de dezembro de 2007
Bófia, instintos pidescos e multas a granel
As autoridades e os jornalistas insistem em apelidar os tugas de aceleras, com alguma razão, mas há uma distinção que deve obrigatoriamente ser feita para que todos se apercebam da diferença: excesso de velocidade e velocidade excessiva não são a mesma coisa, atenção! Se não vejamos:
Seguir a 50km/h numa zona em que o limite de velocidade é 30km/h
Seguir a 110km/h numa estrada em que o limite de velocidade é 90km/h
Seguir a 140km/h numa auto-estrada em que o limite de velocidade é 120km/h
Qualquer dos cenários descritos apresentam situações de excesso de velocidade mas não necessariamente de velocidade excessiva. O conceito de velocidade excessiva depende muito de vários factores, alguns deles subjectivos:
- estado e qualidade do veículo em que se segue (pneus e pressão, travões...)
- capacidade física (idade) e instintiva (reflexos) do condutor
- estado psicológico em que se encontra o condutor (cansaço, irritabilidade, alterações químicas por drogas legais ou ilegais...)
- estado de conservação do piso (buracos, rasgões...)
- visibilidade da estrada (árvores, arbustos, cercas, vedações...)
- sinalização da via (traços no piso, sinais de trânsito...)
and last but not least... tacto do condutor! ...que, parecendo que não, nada tem a ver com a capacidade e/ou o estado psicológico em que este se encontra no momento.
Nisto tudo, o que me parece mal é misturarem nas notícias (repórteres, polícias entrevistados e conferências de imprensa por parte das várias autoridades envolvidas) um conceito com o outro e apenas dizerem que foram apanhados "X" condutores durante tal período em excesso de velocidade e que se conseguiu "Y" quantidade de dinheiro em multas. É pura demagogia e sensacionalismo barato.
Quantas pessoas que foram multadas por conduzir em excesso de velocidade seguiam em velocidade excessiva?
Quantas pessoas que seguiam em excesso de velocidade e não a velocidade excessiva sabiam efectivamente que estavam a ser filmadas e fotografadas?
Quantas das pessoas que foram multadas por excesso de velocidade estavam envolvidas nalgum tipo de acidente?
Quantas destas pessoas todas causaram alguma vez um acidente na sua vida?
Meus amigos (já pareço um político qualquer a falar)... porque é que a ASAE, o SEF, a PJ e a GNR têm tido o comportamento que se nota? Não querendo entrar na questão de um futuro, mais que provável, Estado totalitário, apenas vos deixo a seguinte consideração: além dos impostos, onde acham que este governo vai buscar o dinheiro para tapar os buracos deixados pelos anteriores e sucessivos governos? São todos uns cabrões (perdoem-me, mas não têm outro nome!) hipócritas e cínicos aprendizes de déspotas. Em vez de irem buscar o dinheiro ao bolso dos seus amigalhaços e familiares ricos, donos de bancos, seguradoras e clínicas de saúde, vão buscá-lo ao bolso dos que têm algum (classe média alta), dos que mal ou bem ainda vão tendo (classe média e média-baixa) e sempre que podem ao bolso dos que pouco ou nada têm (classe baixa). Estes último, quando não podem vão de cana e lixam-nos para a vida. Isto já para não falar dos medicamentos, das consultas e operações, das reformas, da falta de incentivos à natalidade, desemprego, entre muitas outras coisas.
Neste blog brinca-se muito, mas também se fala a sério! Espero comentários a favor, contra, ou meramente a dizer mal dos Pintos da Costa, Albertos João Jardins, Valentins Loureiros, e entre que tais. Esses estão sem dúvida na raiz de muita merda que p’raí há. É o costume, e o costume diz que "quem se lixa é sempre o mexilhão". Vá tudo a abrir a pestana-tana oh faxavor!
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
INEM, pizzas e condução perigosa
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Belo dia!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
tendas luxuosas e o circo montado cá fora
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
O drama do pijama e da luz magana
Após reler este post, mesmo antes de o publicar, não consigo perceber o que é mais maluco, se a sua forma ou o seu conteúdo… mas agrada-me!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Jamba, Jorge Palma e o princípio do fim de tudo
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Subsílios a granel!
Velhos, porra frita e mercas para todos
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Curiosidades sensivelmente nojentas #2
20 anos a pagar 0,90€ por mês pelos bons dos tugas (em Espanha são as empresas de electricidade que pagam, obrigadas pelo governo espanhol a procederem dessa forma)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Curiosidades sensivelmente nojentas #1
10.000.000,00€ a serem cobrados pelos bons dos tugas
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Acordes, varandas e pianos de caudas
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Surdez, sotaques e apitos do demo
domingo, 2 de dezembro de 2007
Futebol, camaramen’s e algraviadas
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Bom cinema, mau e assim-assim
Mr. Brooks (2007) *****
Boa história; realização interessante e muito bem conseguida; o final teria sido surpreendente sem os dois últimos minutos, belíssima interpretação do Kevin Costner e do William Hurt
Live Free or Die Hard (2007) *****
História bem montada; bom vilão; belíssimos pormenores de acção, perseguições e lutas; realizado com mestria; melhor do que as prequelas ou pelo menos ao nível do Die Hard With a Vengeance
The Good Shepperd (2006) *****
Só merece uma estrela pelo elenco; péssimas interpretações de belíssimos actores; história manhosa e sem nexo; as caracterizações estão muito más (passam-se 20 anos e só percebemos pelo diálogo, as caras do Matt Damon e da Angelina Jolie estão quase iguais); realização medíocre de Robert DeNiro (hey! DeNiro, don't quit your day job!)
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
"Rotina diária saudável e equilibrada"
"Dizem que todos os dias temos que comer uma maçã por causa do ferro e uma banana por causa do potássio. Também uma laranja, para a vitamina C, meio melão para melhorar a digestão e uma chávena de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias temos que beber dois litros de água (sim, e logo a seguir mijá-los, que leva quase o dobro do tempo que os levei a beber).
Todos os dias temos que tomar um Activia ou um iogurte para ter 'L. Casei Defensis', que ninguém sabe exactamente que porcaria é, mas parece que se não ingeres um milhão e meio todos os dias, começas a ver toda a gente com uma grande diarreia ou presos dos intestinos.
Cada dia uma aspirina, para prevenir os enfartes, mais um copo de vinho tinto, para a mesma coisa. E outro de vinho branco, para o sistema nervoso.
E um de cerveja, que já nao me lembro para que era. Se os tomares todos juntos, mesmo que te dê um derrame cerebral na hora, não te preocupes, pois o mais certo é que nem te dês conta disso.
Todos os dias tens que comer fibras. Muita, muitíssima fibra até que sejas capaz de defecar uma camisolona bem grossa.
Tens que fazer quatro a seis refeições diárias leves sem te esqueceres de mastigar cem vezes cada garfada. Ora, fazendo um pequeno cálculo apenas a comer vão-se assim de repente umas cinco horitas. Ah, depois de cada refeição deves escovar bem os dentes, ou seja, depois do Activia e da fibra, os dentes; depois da maçã, os dentes; depois da banana, os dentes. Assim, enquanto tiveres dentes, não te podes esquecer nunca de passar o fio dental massajador das gengivas e bochechar com PLAX... Melhor, amplia a casa de banho e põe a aparelhagem de música lá, porque entre a água, a fibra e os dentes vais passar muitas horas (quase metade do dia) ali dentro. Equipa-a também de jornais e revistas para te pores a par do que se passa, enquanto estiveres sentado na sanita, porque com a quantidade de fibra que estás a ingerir, são mais umas horitas diárias.
Temos que dormir oito horas e trabalhar outras oito, mais as cinco que usamos a comer, faz vinte e uma. Restam três horas, isto se não surgir nenhum imprevisto. Segundo as estatísticas, vemos três horas de televisão diárias. Bem, já não podes, porque todos os dias devemos caminhar pelo menos uma meia hora (convém regressares ao fim de 15 minutos, senão andas mas é 1 hora!).
E há que cuidar das amizades porque são como uma planta: temos que as regar diariamente. E quando vais de férias também, suponho, senão as plantas morrem nas férias.
Para além disso, há que estar bem informado e ler pelo menos um dos jornais diários e uma revista séria, para comparar a informação.
Ah! E temos que ter todos os dias mas sem cair na rotina: temos que ser inovadores, criativos, renovar a sedução. Isso leva o seu tempo. E já nem estamos a falar do tântrico! (a respeito disso, relembro: depois de cada refeição temos que escovar os dentes!).
Também temos que arranjar tempo para a maquilhagem, a depilação/fazer a barba, varrer a casa, lavar a roupa, lavar os pratos e já nem digo, os que têm gatos, cães, pássaros e uma catrefada de filhos...
No total, a mim dá-me umas 29 horas diárias, se nunca parares.
A única possibilidade que me ocorre, é fazer várias destas coisas ao mesmo tempo: por exemplo, tomas duche com água fria e com a boca aberta, e assim bebes logo os dois litros de água de uma vez. Enquanto sais do banho com a escova de dentes na boca, vais fazendo amor, o tântrico, parado, junto ao teu par, que de passagem vê TV e te vai contando o que se passa, enquanto varre a casa. Sobrou-te uma mão livre?
Telefona aos teus amigos e aos teus pais! Bebe o vinho e a cerveja (depois de telefonares aos teus pais, vai fazer-te falta!).
O iogurte com a maçã pode dar-te o teu par enquanto ele come a banana com a Activia. No dia seguinte troquem.
Mas se te restam 2 minutos, reenvia isto aos teus amigos (que temos que regar como as plantas) enquanto comes uma colherzinha de Muesli ou Al-Bran, que faz muito bem...
E agora vou deixar-te porque entre o iogurte, o meio melão o primeiro litro de água e a terceira refeição do dia, já não faço a mínima ideia o que é que estou a fazer porque preciso urgentemente de uma casa de banho.
Ah, vou aproveitar e levo comigo a escova de dentes..."
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Restaurantes: boa comida vs mau ambiente
Acho que acima de tudo há coisas que um restaurante não pode exibir no circuito interno de televisão, mesmo que seja apenas um aparelho! Reposições do filme "A Música no Coração" ou de Festivais da Canção das décadas de 50 e 60, ou concertos do José Cid em dvd, é algo que me ofende profundamente. A comida pode ser belíssima e o serviço cinco estrelas, já o ambiente roça por milésimas o repugnante, e isso é qualquer coisa que não tolero. Sim, já me aconteceu assistir a cada um dos exemplos descritos... em restaurantes diferentes! Há gente para tudo, acreditem.
Antes do que vos descrevi ter passado a ser uma realidade para mim - já alguém me tinha falado de "um restaurante não sei bem aonde que passa festivais da canção na talevisão", mas ainda não tinha percebido qual - achava que a avaliação de um restaurante poderia assentar, por exemplo, no facto de acertarem nos pedidos (pedir 7up e trazerem Snappy, julgarem que os sumos de laranja são todos iguais), nas batatas fritas que acompanham as doses (congeladas ou naturais), ou mais não fosse no facto de cuspirem ou não no bife. Agora sei quais são os verdadeiros critérios de análise... o nível de xunguíce! Quantas vezes eu não deixei já cair ao chão uma fatia de queijo e voltei a pôr na soon to be tosta mística, calculando não haver grande mal, pois tudo iria morrer com o calor da tosteira? Acidentes e maus jeitos toda a gente os tem, mau gosto está reservado só para alguns.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Invernia Simpática vs Mau Feitio Desgraçado
Ele há dias em que embirramos com tudo o que se passa à nossa volta e mais alguma coisa que venha a jeito. Quando estamos com mau feitio até nos irritamos de estar assim, mas não há muito a fazer senão esperar que passe ou empreender alguma tarefa minimamente producente e oportuna que ajude a resolver, mas por vezes é pior a emenda que o solfejo (gosto mais de poemas do que ler pautas). O mau feitio é uma coisa que dá cabo de nós aos bocadinhos, tipo ácido corrosivo, porque é um processo de irritação contínua ad eternum, sendo a consequência última de tudo isto ainda mais irritação. O que se deverá fazer neste tipo de situação? Dormir!? E quando esta sensação nos aparece às 9h da manhã e temos um dia inteiro de trabalho pela frente? Pois é, chegou a invernia, o frio e a chuva. As sarjetas entupidas com folhas e porcaria que nós deitamos pelas janelas dos carros, estradas a transbordar de água da chuva, os acidentes de carro, o trânsito caótico, o lusco-fusco que dura o dia todo, o final de tarde às 4h da tarde, sair do trabalho já de noite… bah! Adoro o Inverno, não me entendam mal: neve, roupa quente, manta no sofá, lareira, castanhas assadas, chocolate quente, chazadas e bolos, jogos de mesa com os amigos, filmaças e conversas até às tantas em casa de alguém – que é bem melhor do que meias conversas até às tantas em bares com música altíssima e cheios de fumo – mas neste preciso momento queria estar deitado na minha cama a ouvir Van Morrison e estou aqui feito mono a ver ouvidos cheios de cera. Hum!!
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Toda a verdade sobre o Actimel
Num belo dia ouvia-se numa rádio nacional a informação sobre o lançamento de um novo Actimel especial para mulheres. Como é costume na publicidade do Actimel, há sempre testemunhos de “pessoas reais” e uma frase emblemática. Este meu amigo está de facto convencido que o Actimel especial para mulheres tem feromonas masculinas e/ou sabor a esperma. Esta ideia ganha todo um novo sentido, diz ele, quando vemos os reclames na televisão em que o ar de satisfação da “pessoa real” em causa é acompanhado por um afago carinhoso na região do ventre enquanto referem uma frase do género “isto é mesmo o que o corpo pede”. Especulação!? Parecem-me bons indicadores de que poderá ser mesmo assim.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Boxers, compras e filmaças sci-fi
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
A desgraceira do PowerPoint!
DETESTO OS POWERPOINTS BRASILEIROS!!!
Aqueles típicos slideshows idiotas ou realmente informativos mas irritantes pelas músicas que lhes acrescentam, pela escrita manhosa ou pelas péssimas traduções, estão a dar cabo da minha tolerância para com os brasileiros. Adoro a música, a gastronomia, as mulheres, as paisagens e os ambientes que aquele país proporciona a quem o visita - até estou em contagem decrescente para lá ir em Janeiro - os escritores, entre muita outra coisa. Acontece que de tanta morraça cibernética que anda por aí a circular, a par com as telenovelas que são às carradas, cada vez tenho menos paciência e gosto por tudo o que é brasileiro. Deliro com a escrita e composição brasileira quando se trata do Chico Buarque, Caetano Veloso, ou tantos outros, mas os slideshows são um péssimo exemplo de como eles dão cabo da língua portuguesa. Por outro lado, a Microsoft nunca pensou que o PowerPoint, como excelente ferramenta de trabalho que é, fosse desperdiçada desta forma e à escala de um país como o Brasil. Quem costuma receber este tipo de emails sabe muito bem do que estou a falar e entende que não há nada de xenófobo nesta minha afirmação. Só não consigo compreender como é possível o constante volume de produção que vem daquele lado do oceano e como consegue alguém trabalhar ou estudar dedicando-se de uma forma tão intensa e determinada ao PowerPoint. Basta fazer uma espécie de paralelo com a realidade portuguesa: se os trabalhadores portugueses, nomeadamente os funcionários públicos, se dedicassem a este tipo de tarefa, assim como já fazem com outras, como ler esses e outros emails, as pausas constantes para o café e as conversas juntos à máquina da água ou das sandes, este país não andava para a frente. Ficava parado ou eventualmente acabava por andar para trás! Hum... acho que já estivemos mais longe disso!
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Clima endemoninhado
Em bom alentejano, isto cá anda tudo p'las avessas! Nestes últimos dias tem sido assim:
- manhã, 12ºC, saio de casa com uma camisola vestida e o casaco na mão
- hora do almoço, 26ºC, saio do emprego em s de camisa
- 15h, 28ºC, saio de casa com as s arregaçadas e dois botões da camisa abertos (três já começa a aparecer a fardula e fica assim um look meio tascósio-foleirote)
- final da tarde, 15ºC, volto para casa com o casaco vestido e a blusa pela mão
- princípio da noite, 8ºC, blusa de malha já assim para o grossa e casaco vestido
- final da noite, princípios da madrugada, 1ºC, tudo abotoado e zippado até acima, a tirintar de frio e a grunhir irritado porque me esqueci do cachecol e do gorro
Felizmente não temos tsunamis, furacões, inundações e coisas do género, mas isto não anda nada bem.
Para acrescentar à lista de fenómenos estranhos, as alergias voltaram e pior do que nas últimas três primaveras. Há flores no campo a brotar e a abrir, a bicheza anda maluca porque não consegue ibernar e não sabe se há-de migrar ou ficar. Isto não vai ter bom fim!
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Publicidade educativa
- a importância de ir votar, mesmo que seja em branco ou nulo
- porquê fazer piscas nas rotundas, cruzamentos e ultrapassagens
- não esquecer de ver as datas de validade do queijo fresco, patés e afins
- para que é que quis um cão se agora que vai de férias não tem onde o deixar e os gatos têm sete vidas mas morrem de uma vez só se os deixarmos dentro de casa à fome durante uma semana ou mais
- quem me manda a mim ser tão tosco, gostar de touradas, rugby e embocar cervejas com os amigos até perder os sentidos?
- se conduzir depois de ter bebido bastante álcool, conseguir chegar a casa e evitar a polícia ou possíveis acidentes, e ainda assim a minha mulher não me moer o juízo pelo estado deprimente em que me encontro e com muita sorte ainda a convencer, sem ser violento física ou psicologicamente, a ter sexo comigo, o mais certo é não o conseguir pôr de pé
- de 0 a 10, sendo 0 uma pessoa decente e 10 completamente desprovida de senso, quão idiota sou por ter lido o livro da Carolina Salgado, ainda que apenas algumas passagens quando o folheei numa livraria? E serei menos tanso se não o li e apenas lhe peguei para o levar para a caixa, pagá-lo, pedir para embrulhar e oferecê-lo como presente de aniversário a um amigo?
- ainda é possível fazer-se bom cinema em Portugal? Saiba se sim ou não em apenas 10 segundos de compilação dos melhores momentos do cinema português!
- quantas vezes é preciso dizer-lhe para separar a porcaria do seu lixo doméstico antes de começar a beber e a comer a própria porcaria que produz?
- ser-se tuga, espanhol ou europeu? Como é que você vai ganhar mais ou fim do mês sem para isso ter de trabalhar mais?
Com tanto tema bom, é difícil escolher. E agora que reli a listagem de tópicos, reparei que comecei a avacalhar para o final. Por muito que se queira ficar sério, a coisa acaba sempre por descambar. Num país como este, é de facto difícil mantermo-nos focados na solidariedade, no civismo ou na humanidade, foge-nos sempre a mente para a brincadeira. Mas é sempre possível conciliar o humor e a tendência para o gozo, com o necessário sentido positivo que devemos dar às coisas. Nem tudo é negativo, mais não seja o gozo que se pode retirar do que há de mau… e aprender com isso!
relembro:
disparates da publicidade
caras simpáticas e pernas jeitosas
terça-feira, 30 de outubro de 2007
300
Agora passo para o tema que me levou a escrever este post.
Vi aqui há dias o filme 300 e gostei bastante. Parti para o seu visionamento com algumas reservas, mas passados poucos minutos dissiparam-se. O filme, que embora o belíssimo aspecto é um low budget movie, conquistou-me pela imagem, realização, produção, pela coragem na adaptação de mais uma BD do Frank Miller, mas principalmente pela história e argumento. Convido-vos a todos a vê-lo, não necessariamente na minha casa, pois vale bem a pena. Já agora deixo outra dica no éter, também ele um filme e uma adaptação de uma BD do Frank Miller, desta feita pelo realizador Robert Rodriguez: Sin City. Já tem uns aninhos e talvez só se apanhem dvd’s de aluguer carregados de riscos e impressões digitais mutantes, mas vale o esforço de tentar alugar ou mesmo comprar. Em tempos natalícios arranjam-se este tipo de filmes em dvd bastante baratos, naquelas grades de miscelânea cultural que os hiper-mercados têm na zona dos electrodomésticos em que misturam concertos do Tony Carreira ou do Caetano Veloso com filmes tipo The Secret Of My Sucess e Apocalypse Now, Redux. Como sempre ouvi do meu pai desde pequeno, “é fartar vilanagem”!
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
500
domingo, 28 de outubro de 2007
O tempo muda ou somos nós que (o) mudamos?
Quando era puto, por volta dos 14 anos, uma das coisas que me dava real gozo era voltar para casa à noite fora do horário de chegada, pré-estabelecido em conversa com os meus pais, e chamar-lhes à atenção de que estava a cumprir integralmente o combinado, apenas que o horário tinha mudado. Para um típico adolescente com o normal respeito pelos seus progenitores, mas também com a emergente vontade de desafiar o estabelecido, isto era o culminar de muito tempo de espera e poder realmente desafiar a autoridade, sem que isso resultasse em qualquer tipo de sermão ou castigo. A chamada chapada de luva!
No Verão perdia-se uma hora, mas no Inverno era a loucura total. Mais uma hora para estar na rua com os amigos, ou nos copos com os amigos, ou na jogatana com os amigos, ou na cantoria e guitarrada com os amigos, ou na conversa com os amigos, ou aos beijos com as amigas. Belos tempos! Cerca de 30 minutos depois, muitas imagens deliciosas que passaram pela minha mente e todo um processo árduo de compilação, síntese e escrita, num portátil que me aquece as pernas mas que já vai sabendo bem porque o tempo, melhor, o clima, também está a mudar e ainda não tenho os meus gatos a viver comigo para me aquecerem e a manta que comprei no Ikea não é de lã e não aquece assim tanto, mas também quem me manda a mim estar de boxers e t-shirt numa altura destas em que acho que esta frase já vai chata e comprida demais para um razoável entendimento da minha escrita maluca, eis que me levanto a caminho da cozinha... bom resto de fim de semana.
sábado, 27 de outubro de 2007
13, esse número mágico!
Domingo, 14 Outubro, de manhã.
A RTP1 transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A SIC transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A TVI transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A TSF transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
A Rádio Renascença transmitia, em directo, as cerimónias de Fátima.
Tive medo de ligar a torradeira...
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Manual de sobrevivência em sociedades decadentes e apodrecidas
Documentários
- Bowling For Columbine
- Farenheit 9/11
- Loose Change, 2nd Edition
- Zeitgeist
- An Inconvinient Truth
Filmes
- V For Vendetta
- The Matrix (pelo menos o 1º filme + Animatrix)
- The Wall / Pink Floyd (o filme)
- Thin Red Line
- The Shawshank Redemption
- American Beauty
- The Day After Tomorrow
- O Código DaVinci
- In The Flesh / Roger Waters (concerto)
Música
- The Wall / Pink Floyd
- Dark Side Of The Moon / Pink Floyd
- Wish You Were Here / Pink Floyd
- Animals / Pink Floyd
- Final Cut / Pink Floyd
- The Pro's And Cons Of HitchHiking / Roger Waters
- Radio K.A.O.S. / Roger Waters
- Amused To / Roger Waters
- Flickering Flame / Roger Waters
- OK Computer / Radiohead
- Pigs, Peasants And Astronauts / Kula Shaker
- Chicago III / Chicago
Livros
- O Pêndulo de Foucault / Umberto Eco
- O Código da Bíblia / Michael Drosnin
- O Processo / Kafka
- Metamorfose / Kafka
- Anti-Cristo / Nietzsche
- Assim Falava Zaratustra / Nietzsche
- O Admirável Mundo Novo / Aldous Huxley
- Fernão Capelo Gaivota / Richard Bach
- Ética Para Amador / Fernando Savater
Sites
The Ultimate Conspiracy Guide
Só me Apetece é Cobrir
Pode estar a faltar-me qualquer coisa de essencial, mas depois vou acrescentando ou vocês podem contribuir para isso!
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Parado vs Andando
terça-feira, 16 de outubro de 2007
A humanidade e o tampo da sanita
sábado, 13 de outubro de 2007
A puta da loiça suja
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Congratulations Mr. Gore!
Por fim, deixo uma lista de coisas que se podem fazer que ajudam bastante e sem dúvida ajudam o planeta e a nossa carteira:
- separem os lixos
- não deixem os equipamentos eléctricos em stand-by (com a luzinha acesa), desliguem tudo no botão ou na corrente
- não deixem os transformadores de telemóveis, computadores portáteis, consolas de jogos, etc. ligados à corrente, desliguem tudo da ficha quando não estão a ser utilizados
- cuidado com os gastos de água e de electricidade desnecessários, racionalizem
- troquem as lâmpadas incandescentes normais por lâmpadas fluorescentes e economizadoras
- limpem regularmente os filtros dos ar-condicionados
- apostem em painéis solares térmicos substituindo caldeiras eléctricas (extremamente dispendiosas) e esquentadores a gás (outros que tal)
- sempre que possível estender a roupa na corda em vez do secador eléctrico
- isolem bem as portas e janelas, conseguem-se grandes poupanças de energia no verão e inverno desta forma
- mudem as janelas e portas normais para vidro duplo
- quando comprarem equipamentos novos escolham os mais eficientes do ponto de vista energético, mesmo que inicialmente possam ser mais caros, vai fazer a diferença na carteira ao longo do tempo
- vão ver estas e outras dicas ao site: http://www.climatecrisis.net/
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Sonhos do demo
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Estado Novo 1 x Velho Sócrates 2
Com tudo o que se tem passado ultimamente e com o receio que tenho de que um dia destes possamos cair numa nova ditadura, decidi escrever este post, sem conteúdo que pudesse gerar uma possível e mais que provável acusação por difamação e injúria, para tentar perceber se é possível controlarem a minha vida, cibernética ou física, com pequenos ajustes harmoniosos e simpáticos.
O que quero dizer com isto? Será que isto é o Matrix, 1984 e Pink Floyd que há em mim?
Vamos ver se este blog se mantém online por muito mais tempo, agora que decidi dedicar-me a beliscar o poder onde mais comichão este sente. Já o fiz noutras ocasiões, embora de forma mais ligeira.
Hoje sacrifico-me a dizer que este governo é dos mais à direita que este país já teve nos últimos 30 anos; que as suas políticas sociais e de emprego metem nojo e apenas servem os grandes patrões; a política para a saúde apenas serve os grandes interesses económicos; o plano tecnológico é uma anedota que só faz rir gestores de algumas grandes empresas de telecomunicações; os favores, o nepotismo, o compadrio, teimam em existir e mostrarem-se um pouco por todo o lado e em todas as áreas da sociedade; o presidente da república, o tal do bolo-rei, é um fantoche; o pseudo engenheiro parece enganar meio mundo sem que ninguém se ofenda verdadeiramente com isso; quem ousa enfrentar publicamente as autoridades e o governo acaba despedido, afastado ou intimidado (exemplo mais escandaloso e recente: José Rodrigues dos Santos, RTP); os dirigentes desportivos mandam mais neste país do que aqueles em quem votamos (os que votam)… se um árbitro tendencioso, parcial, corrupto, com mau feitio e gosto por meninas fosse chamado a apitar este jogo, de certo se sentiria mal. No mínimo intimidado! É daqueles jogos em que qualquer que seja a equipa a vencer, acabamos todos por perder! Vá, agora “…mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos…”
Acabo com Zé Mário Branco e acabo bem, espero!
domingo, 30 de setembro de 2007
Barulhos inconvenientes
sábado, 29 de setembro de 2007
Tive de ler o manual!
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Homenzinhos e mulherões
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Futebol, Fátima e Fado
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
"É só mais um dia mau..."
Estando preste a entrar na casa dos trinta, tenho tirado algum tempo para pensar nestas coisas e tenho reparado em pormenores muito interessantes. Até há dois ou três anos atrás fazia questão de mostrar a toda a gente que nunca me iria casar e não queria ter filhos, adorava chocar as pessoas com este tipo de afirmações e outras ainda mais cáusticas que entravam pelos meandros da política, da filosofia ou da religião. Típico comportamento de adolescente rebelde. E sim, era um adolescente rebelde, mas hoje já me considero o. Tem de ser, faz parte. Acreditem que não me conformei com isso, dei as boas vindas a este novo estádio da minha existência com absoluta satisfação e orgulho. De certa forma as grandes dúvidas ficaram para trás, agora debato-me questões de fundo que vão sendo respondidas com o tempo e com a experiência. Acima de tudo gosto do que vejo no espelho e daquilo que sinto quando faço as minhas introspecções, muito importante para termos a tão desejada estabilidade psicológica, mas há certas coisas típicas da fase a às quais ainda não me habituei. São incómodas e fazem-me uma certa comichão. Em criança fazemos amigos a todo o momento, bastava haver interesses em comum como um saco de berlindes, jogos de computador, ou haver alguém com uma mesa de ping-pong na garagem. Na adolescência era o desporto, as ideologias e as causas humanitárias, as listas para as associações de estudante, ou as jam's e guitarradas durante os intervalos ou no final das aulas. Agora em o é tudo mais complicado. É difícil fazer-se amigos porque as pessoas estão mais fechadas, cínicas ou apenas complicadas – não me considero complicado, apenas complexo. Há muita gente com feridas abertas, com problemas antigos que se arrastam por vezes há décadas, e qualquer coisinha despoleta discussões, invejas e ódios completamente desproporcionados. Por outro lado ainda mantemos os amigos de sempre, aqueles amigos do peito que teimam em resistir ao tempo, mas esses nem sempre estão connosco. Costumo dizer até, que os melhores amigos não são os que estão sempre connosco, mas sim os que estão lá quando é preciso. É verdade que o carácter das pessoas se revela nos momentos de crise e os amigos ajudam a apoiar, reparar e resolver o que nos vai acontecendo, quer ao nível de crises externas, quer internas. Os amigos, a par com a família, são o que há de mais importante nas nossas vidas. Já dizia o grande Sérgio Godinho que "coisa mais preciosa no mundo não há". Mas é neste preciso momento singular que eu me deparo com algumas das tais questões de fundo: como é que lidamos com a perda de um daqueles amigos? E quando acontece em pouco tempo, não interessa quanto pois é relativo, perdermos vários desses amigos? E quando um deles é aquela pessoa em quem mais confiávamos acima de tudo e todos. Aquela pessoa que um dia conquistámos e nos mostrou, com provas dadas durante mais de uma década, que a confiança é completamente à prova de tudo? É do mais fodido que há e põe tudo, ou apenas muito, em causa! São várias voltas sucessivas e em catadupa de 90, 180 e 360º que nos deixam completamente sem norte. Mas como no amor, ao contrário de certos filmes e peças shakespearianas, e mesmo quando mete amizade e amor à mistura, num último e derradeiro teste à nossa força essencial, ninguém morre de desgosto e tudo o que mexe com as nossas entranhas pode ser libertador. Numa primeira instância digere-se para depois se evacuar. É uma guerra interna, suja e sombria, que deixa baixas e apresenta danos colaterais, mas com jeitinho e preserverança acabamos por sair mais fortes dela. É mais uma batalha e "é só mais um dia mau..."
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
O número 23
No final, e assim em jeito de and now for something completly different, acho escandaloso a forma como a situação do Mourinho no Chelsea monopolizou os jornais, as rádios e os telejornais de manhã à noite… mas antes o Mourinho que a Maddie. Este mundo está perdido! 23 punhadas no focinho dos responsáveis pelas televisões era o que eu dava de boa vontade.
referências:
http://www.number23movie.com
http://www.imdb.com/title/tt0481369/
http://1001gatos.org/23/
http://www.blather.net/blather/2003/07/the_23_enigma_captain_clark_we.html
http://en.wikipedia.org/wiki/23_(numerology)
http://afgen.com/numbr23b.html
http://www.sayer.abel.co.uk/23.htm
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Notícias do Mundo
Este blog acalmou durante as férias do seu fundador, mas continua vivo e de boa saúde.
Portugal está cada vez mais longe do que há de melhor e pior na Europa… se é que alguém percebe o que isto quer dizer!?
José Sócrates não consegue ter uma posição mais à direita, nem que passasse o resto do tempo a masturbar-se apenas com a mão oposta à da esquerda, de punho fechado, em jeito de saudação ou cumprimento político.
George Bush continua burro e com vontade de mostrar isso mesmo.
Da tarde de hoje, um rapaz no Burquinafasso proferiu a seguinte frase: “gosto muito da minha mãe e de chupa-chupas de cereja”. Entretanto, no Pentágono houve uma pronta reacção, e passo a citar: “Isto é mais uma prova cabal de que há provas concretas de existirem indícios formais da possibilidade de haver uma oportunidade ainda que ínfima, mas real, da ligeira mas séria eventualidade de se acharem um dia destes, armas de destruição massiva algures que seja, e a cereja, quando comida ao sol do deserto, provoca graves distúrbios na digestão. Os povos que fomentam a ingestão forçada e continuada de fruta, bagas e qualquer outro tipo de sobremesa nos seus semelhantes, ainda que todos diferentes, todos iguais a si próprios, devem ser incapacitados na sua capacidade de provocar o mal. Não estamos para brincadeiras até às 18 horas de cada dia, e depois das 21 horas só nos dedicamos ao divertimento até trinta minutos antes de irmos para a cama. Este tipo de abusos têm de parar!”
Foi quebrado mais um record do Guiness com a maior concentração de sempre de pais natal a segurarem uma banana da Madeira enquanto se penteavam com gel líquido transparente e uma escova de casco de tartaruga, a beberem sumo de manga por uma palhinha do Noddy e a comerem Pastéis de Belém só com açúcar em pó e sem canela.
A bronca “Scólari” não tem qualquer fundamento. Ao que parece, o técnico brasileiro apenas respondeu aos vitupérios do desportista sérvio, que o acusou de ser pouco homem (ou homossexual), mostrando este, de punho fechado, o anel que comprova que é muito homem e casado… quantos haverá por aí que até têm uma horda de filhos em casa, mulher e gostam de atracar de poupa!? Nada é o que parece, mas ao que tudo indica, as quase quatro dezenas de milhares de espectadores no estádio de Alvalade, bem como os milhões que seguiram o jogo e os incidentes que lhe seguiram, pela televisão, estavam todos a ver mal!
Na moda, a Fátima Lopes conseguiu mostrar mais meio centímetro de peito e dois de anca nas novas criações para a Primavera-Verão de 2027.
…agora o desporto:
O Benfica teima em jogar de cor-de-rosa e em perder.
O Futebol Clube do Porto não deixa de ser um bando de cabrões arrogantes com sorte.
…e por fim a meteorologia:
Não se percebe nada do que se passa com o tempo! Não há Verão nem Inverno, apenas bom tempo, seguido de mau tempo, depois bom tempo, a seguir mais mau tempo, bom tempo, mau tempo, não tão bom mas não propriamente mau tempo, bom tempo, mau tempo, até tudo isto implodir!
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Maddie McCann
Além de palhaço também não gosto de ser urso. Admito que dei o nome da menina ao post para testar cientificamente a visibilidade do meu blog nos próximos dias. Não os espero vencer, sozinho pelo menos, mas também não me quero juntar a eles, acreditem! É apenas um exercício de avaliação usando a mais pura metodologia científica. Não quero mesmo que este blog se desproporcione para além do meu controle, mas também não sou ingénuo ao ponto de não pensar que não estou já inserido no logaritmo que sustenta o motor de busca do Google, o mais usado no mundo inteiro para fazer buscas na internet. A ver vamos…
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Trabalhinhos de verão
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Caras simpáticas e pernas jeitosas!
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Tourada Caras
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Óculos de sol, compras e uma profunda falta de tacto
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
automático é sempre pior que manual
Mail para a VODAFONE a pedir cancelamento do contrato:
Cancelamento de contrato- telefone 91*******
Exmos. Senhores,
por falecimento da V. cliente (...), no passado dia 28 de Novembro, queiram por favor proceder ao cancelamento do respectivo contrato, a partir do corrente mês de Dezembro inclusive.
A mesma informação será enviada por correio, conforme carta anexa.
Sem outro assunto,
...
Resposta da Vodafone:
Muito boa tarde, como está?
Para podermos efectuar a desactivação definitiva é necessário que nos envie uma cópia da certidão de óbito do titular.
Deverá confirmar o nº de contribuinte ou nº de conta Vodafone.
Boas festas. Viva o momento, Now!
Paula Santos
apoiocliente@vodafone.pt
Nota: Caso necessite contactar-nos novamente sobre o mesmo assunto agradecemos que faça reply deste e-mail.
PS: Para dúvidas relacionadas com o serviço yorn o mail de apoio ao cliente é Heeellp@Yorn.net
Contra-resposta:
Re: Cancelamento de contrato- telefone 91*******
Boa tarde. estou bem, muito obrigada. A minha mãe faleceu, por isso estou óptima e vivo o momento, now!
Agradecia que me indicasse a morada para onde deve ser enviada a certidão de óbito.
Boas festas também para si.
Ah, valente!!!
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Onda rosa
- "aqui não interessa de que clube se é, vendem-se equipamentos dos três principais, mas o novo cor de rosa do Benfica esgotou no país inteiro, nem no Estádio da Luz se consegue arranjar!"
Fiquei estarrecido e nem consegui esboçar um esgar que fosse. Já vi este filme em qualquer lado! Hoje em dia anda tudo a virar rosa. São os telemóveis da Motorola, os equipamentos do Benfica, até o Blanka Vanish com aquela frase parva do anúncio televisivo: “confie no rosa, esqueça as nódoas”… é caso para dizer “tenha medo, tenha muito medo”!
sábado, 4 de agosto de 2007
Soposts
terça-feira, 31 de julho de 2007
Copos d’água com fartura
E-mails do demo!
Uma vez desfeito o possível equívoco criado pelo título do post, bem como do surpreendente e quasi abrupto prólogo a abrir o post, eis que me dedico à sua normal continuação.
Recebi na minha caixa de correio electrónica, pela enésima vez, um e-mail que anunciava a futura aparição de Marte no firmamento a 27 de Agosto como se de uma segunda Lua se tratasse. Que pela sua estranha e invulgar dimensão a olho nu, causaria um espectáculo de incomparável impacto visual. A par com os tais e-mails dos cãezinhos que estão prestes a serem todos liquidados se não forem resgatados a tempo por quem queira ficar com eles, esta situação desgasta-me a paciência para além da compreensão. Que há gente imbecil com orçamento para adquirir computadores e terem internet em casa, disso não haja qualquer sombra de dúvida – há até gente capaz de coisas muito piores, como votar, ler jornais e ver noticiários na televisão e considerarem-se desoprimidamente instruídas e decisoras do seu próprio destino – agora que eu tenha no meu leque de conhecimentos pessoas ignorantes, capazes de repassar e-mails idiotas, inicialmente sem fundamento e infinitamente repetidos, até à exaustão sem por isso darem conta como se se dessem a esse “trabalho”, tarefa que requer um mínimo de atenção, sem perceber o que lhes chegou e aquilo que ajudaram a fomentar, por muito ingénuo que o resultado possa parecer, isso já me faz alguma espécie. Leiam porra!!! …e se não for demasiado incómodo, pensem um bocadinho.
Gosto muito de tudo o que envolva a Astronomia e demais ciências exactas que a esta se associem no verdadeiro espírito da multidisciplinaridade, bem como de animais, principalmente os menos afortunados, agora este tipo de e-mails tem de acabar.
Dicas para acabar com esta calamidade:
1. leiam tudo, sempre
2. pensem, uma migalha que seja
3. datem os mails quando são vocês a compô-los ou a repassá-los
4. não andem p’raí a dormir!
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Ingmar Bergman
domingo, 29 de julho de 2007
Medo, liberdade e um texto fantástico
É importante que não deixemos cair certos e bons hábitos. LEIAM, PENSEM, FALEM, FAÇAM UM BLOG!!!
Utilizando uma frase mítica do cinema e do nosso imaginário, e uma outra da publicidade de uma marca conhecida, "fear is the path to the dark side", "have no fear".
grande abraço
Contra o Medo, Liberdade
Manuel Alegre
Nasci e cresci num Portugal onde vigorava o medo. Contra eles lutei a vida inteira. Não posso ficar calado perante alguns casos ultimamente vindos a público. Casos pontuais, dir-se-á.
Mas que têm em comum a delação e a confusão entre lealdade e subserviência. Casos pontuais que, entretanto, começam a repetir-se. Não por acaso ou coincidência. Mas porque há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa história, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE. Casos pontuais em si mesmos inquietantes. E em que é tão condenável a denúncia como a conivência perante ela.
Não vivemos em ditadura, nem sequer é legítimo falar de deriva autoritária. As instituições democráticas funcionam. Então porquê a sensação de que nem sempre convém dizer o que se pensa? Porquê o medo? De quem e de quê? Talvez os fantasmas estejam na própria sociedade e sejam fruto da inexistência de uma cultura de liberdade individual.
Sottomayor Cardia escreveu, ainda estudante, que "só é livre o homem que liberta". Quem se cala perante a delação e o abuso está a inculcar o medo. Está a mutilar a sua liberdade e a ameaçar a liberdade dos outros. Ora isso é o que nunca pode acontecer em democracia. E muito menos num partido como o PS, que sempre foi um partido de homens e mulheres livres, "o partido sem medo", como era designado em 1975. Um partido que nasceu na luta contra a ditadura e que, depois do 25 de Abril, não permitiu que os perseguidos se transformassem em perseguidores, mostrando ao mundo que era possível passar de uma ditadura para a democracia sem cair noutra ditadura de sinal contrário.
Na campanha do penúltimo congresso socialista, em 2004, eu disse que havia medo. Medo de falar e de tomar livremente posição. Um medo resultante da dependência e de uma forma de vida partidária reduzida a seguir os vencedores (nacionais ou locais) para assim conquistar ou não perder posições (ou empregos). Medo de pensar pela própria cabeça, medo de discordar, medo de não ser completamente alinhado. No PS sempre houve sensibilidades, contestatários, críticos, pessoas que não tinham medo de dizer o que pensam e de ser contra quando entendiam que deviam ser contra. Aliás, os debates desse congresso, entre Sócrates, eu próprio e João Soares, projectaram o PS para fora de si mesmo e contribuíram em parte para a vitória alcançada nas legislativas. Mas parece que foram o canto do cisne. Ora o PS não pode auto-amordaçar-se, porque isso seria o mesmo que estrangular a sua própria alma.
Há, é claro, o álibi do Governo e da necessidade de reduzir o défice para respeitar os compromissos assumidos com Bruxelas. O Governo é condicionado a aplicar medidas decorrentes de uma Constituição económica europeia não escrita, que obriga os governos a atacar o seu próprio o social, reduzindo os serviços públicos, sobrecarregando os trabalhadores e as classes médias, que são pilares da democracia, impondo a desregulação e a flexigurança e agravando o desemprego, a precariedade e as desigualdades. Não necessariamente por maldade do Governo. Mas porque a isso obriga o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) conjugado com as Grandes Orientações de Política Económica. Sugeri, em tempos, que se deveria aproveitar a presidência da União Europeia para lançar o debate sobre a necessidade de rever o PEC. O Presidente Sarkozy tomou a iniciativa de o fazer. Gostei de ouvir Sócrates a manifestar-se contra o pensamento único. Mas é este que condiciona e espartilha em grande parte a acção do seu Governo.
Não vou demorar-me sobre a progressiva destruição do Serviço Nacional de Saúde, com, entre outras coisas, as taxas moderadoras sobre cirurgias e internamentos. Nem sobre o encerramento de serviços que agrava a desertificação do interior e a qualidade de vida das pessoas. Nem sobre a proposta de lei relativa ao regime do vínculo da Administração Pública, que reduz as funções do Estado à segurança, à autoridade e às relações internacionais, incluindo missões militares, secundarizando a dimensão administrativa dos direitos sociais. Nem sobre controversas alterações ao estatuto dos jornalistas em que têm sido especialmente contestadas a crescente desprotecção das fontes, com o que tal representa de risco para a liberdade de imprensa, assim como a intromissão indevida de personalidades e entidades na respectiva esfera deontológica. Nem sobre o cruzamento de dados relativos aos funcionários públicos, precedente grave que pode estender-se a outros sectores da sociedade. Nem ainda sobre a tendência privatizadora que, ao contrário do Tratado de Roma, onde se prevê a coexistência entre o público, o privado e o social, está a atingir todos os sectores estratégicos, incluindo a Rede Eléctrica Nacional, as Águas de Portugal e o próprio ensino superior, cujo novo regime jurídico, apesar das alterações introduzidas no Parlamento, suscita muitas dúvidas, nomeadamente no que respeita ao princípio da autonomia universitária.
Todas estas questões, como muitas outras, são susceptíveis de ser discutidas e abordadas de diferentes pontos de vista. Não pretendo ser detentor da verdade. Mas penso que falta uma estratégia que dê um sentido de futuro e de esperança a medidas, algumas das quais tão polémicas, que estão a afectar tanta gente ao mesmo tempo. Há também o álibi da presidência da União Europeia. Até agora, concordo com a acção do Governo. A cimeira com o Brasil e a eventual realização da cimeira com África vieram demonstrar que Portugal, pela História e pela língua, pode ter um papel muito superior ao do seu peso demográfico. Os países não se medem aos palmos. E ao contrário do que alguém disse, devemos orgulhar-nos de que venha a ser Portugal, em vez da Alemanha, a concluir o futuro Tratado europeu. Parafraseando um biógrafo de Churchill, a presidência portuguesa, na cimeira com o Brasil, recrutou a língua portuguesa para a frente da acção política. Merece o nosso aplauso.
O que não merece palmas é um certo estilo parecido com o que o PS criticou noutras maiorias. Nem a capacidade de decisão erigida num fim em si mesma, quase como uma ideologia. A tradição governamentalista continua a imperar em Portugal. Quando um partido vai para o Governo, este passa a mandar no partido, que, pouco a pouco, deixa de ter e manifestar opiniões próprias. A crítica é olhada com suspeita, o seguidismo transformado em virtude. Admito que a porta é estreita e que, nas circunstâncias actuais, as alternativas não são fáceis. Mas há uma questão em relação à qual o PS jamais poderá tergiversar: essa questão é a liberdade. E quem diz liberdade diz liberdades. Liberdade de informação, liberdade de expressão, liberdade de crítica, liberdade que, segundo um clássico, é sempre a liberdade de pensar de maneira diferente. Qualquer deriva nesta matéria seria para o PS um verdadeiro suicídio. António Sérgio, que é uma das fontes do socialismo português, prezava o seu "querido talvez" por oposição ao espírito dogmático. E Antero de Quental chamava-nos a atenção para estarmos sempre alerta em relação a nós próprios, porque "mesmo quando nos julgamos muito progressistas, trazemos dentro de nós um fanático e um beato". Temo que actualmente pouco ou nada se saiba destas e doutras referências. Não se pode esquecer também a responsabilidade de um poder mediático que orienta a agenda política para o culto dos líderes, o estereótipo e o espectáculo, em detrimento do debate de ideias, da promoção do espírito crítico e da pedagogia democrática. Tenho por vezes a impressão de que certos políticos e certos jornalistas vivem num país virtual, sem povo, sem história nem memória. Não tenho qualquer questão pessoal com José Sócrates, de quem muitas vezes discordo mas em quem aprecio o gosto pela intervenção política. O que ponho em causa é a redução da política à sua pessoa. Responsabilidade dele? A verdade é que não se perfilam, por enquanto, nenhumas alternativas à sua liderança. Nem dentro do PS nem, muito menos, no PSD. Ora isto não é bom para o próprio Sócrates, para o PS e para a democracia. Porque é em situações destas que aparecem os que tendem a ser mais papistas que o Papa. E sobretudo os que se calam, os que de repente desatam a espiar-se uns aos outros e os que por temor, veneração e respeitinho fomentam o seguidismo e o medo. Sei, por experiência própria, que não é fácil mudar um partido por dentro. Mas também sei que, assim como, em certos momentos, como fez o PS no verão quente de 75, um partido pode mobilizar a opinião pública para combates decisivos, também pode suceder, em outras circunstâncias, como nas presidenciais de 2006 e, agora, em Lisboa, que os cidadãos, pela abstenção ou pelo voto, punam e corrijam os desvios e o afunilamento dos partidos políticos. Há mais vida para além das lógicas de aparelho. Se os principais partidos não vão ao encontro da vida, pode muito bem acontecer que a recomposição do sistema se faça pelo voto dos cidadãos. Tanto no sentido positivo como negativo, se tal ocorrer em torno de uma qualquer deriva populista. Há sempre esse risco. Os principais inimigos dos partidos políticos são aqueles que, dentro deles, promovem o seu fechamento e impedem a mudança e a abertura. Por isso, como em tempo de outros temores escreveu Mário Cesariny: "Entre nós e as palavras, o nosso dever falar." Agora e sempre contra o medo, pela liberdade.